Na última quinta-feira (2), mais uma ação autoritária e imoral foi realizada no Conselho Deliberativo da Cemig Saúde. Sem sequer um voto dos representantes dos beneficiários, foi aprovado mais um plano – e o pior, com o ilegítimo voto de qualidade, o voto de minerva.
Mais um plano para servir de instrumento para as patrocinadoras darem calote nos trabalhadores. Mais um plano que jogará a responsabilidade financeira nas costas dos aposentados. Mais um plano que desrespeita esta categoria adoecida, que foi exposta à exploração selvagem da sua força de trabalho, gerando riquezas para os acionistas, e agora será descartada.
O voto de qualidade utilizado foi criado no último ano por meio de manobra das patrocinadoras encabeçada pela gestão Zema na Cemig. De maneira abusiva, os acordos que deram início ao PSI e à Cemig Saúde foram subvertidos. Numa afronta terrível aos saudáveis princípios democráticos, mais um voto foi acrescentado aos oito votos paritários existentes no Conselho Deliberativo da Cemig Saúde. O colegiado conta com quatro representantes dos beneficiários e quatro representantes das patrocinadoras. Dessa forma, é necessária a aprovação da maioria.
Logo, criaram um voto de desempate exercido por um dos representantes das patrocinadoras, que lhes dão vantagem absoluta toda vez que não houver concordância dos representantes dos beneficiários diante de propostas que possam comprometer a perenidade da Cemig Saúde e a prestação de bons serviços aos beneficiários.
O Sindieletro e outras entidades representativas estão questionando judicialmente a instituição irregular desse voto, e todos os responsáveis por danos ao PSI e à Cemig Saúde, por meio da utilização dessa artimanha autoritária, serão acionados no tempo devido para responder por seus atos.
Renovamos o alerta: os novos planos que estão sendo implementados têm o único objetivo de atender aos anseios da gestão Zema, uma gestão privatista. O foco é isentar a Cemig das obrigações financeiras futuras e sanear a empresa para a privatização. A migração é um caminho sem volta, e ninguém sabe o que poderá acontecer se os novos planos não atingirem a viabilidade financeira necessária para se sustentarem.
Além disso, o PSI é o único plano com custos acessíveis que pode contemplar todos os tipos de renda. Os beneficiários têm garantias através de um Acordo Coletivo que, para ser alterado, precisa de manifestação favorável dos beneficiários por meio das entidades representativas. Não há nenhuma decisão judicial favorável à Cemig autorizando o calote no PSI. Os eletricitários precisam resistir às pressões das chefias enlouquecidas que tentam persuadir seus subordinados a aderirem aos novos planos! Denunciem ao Sindieletro para que as providências sejam tomadas, inclusive em vias judiciais.
O PSI e a Cemig Saúde são nossos!