Colunista critica Zema pelos discursos de menosprezo e tentativas de vender a Cemig



Colunista critica Zema pelos discursos de menosprezo e tentativas de vender a Cemig

Confira as duas colunas de Luiz Tito, publicadas no final de março, que criticaram os discursos especulativos que prejudicam a Cemig. O colunista cobrou também que o governador Zema e os diretores da empresa auxiliem as investigações das irregularidades apontadas pela CPI da Cemig

Luiz Tito escreve de segunda a sábado em O TEMPO

A CVM quer saber I


Tanto o Governador Romeu Zema quanto assessores da cozinha do Palácio, além de Secretários e companheiros da versão privatista do Novo, não medem palavras para dizer que o sonho desse governo é a privatização da Cemig, se possível “ainda nesse mandato”. Na verdade, não medem também o que essa jogada movimentaria e a quantidade de obstáculos e negociações que se colocariam como empecilhos à ideia.

Na edição de 27 de março último, a publicação Isto É Online relatou o que milhares de pessoas já ouviram até mesmo do Governador, “que a Cemig se prepara para privatização e busca o avanço dessa agenda no governo”. Cabe à Comissão de Valores Mobiliários – CVM -, regular o comportamento das empresas que têm ações em bolsa, bem como dos dirigentes e conselheiros dessas sociedades, exatamente para evitar que palpites ou falácias tumultuem as relações de um mercado sensível a atitudes especulativas ou pouco ajustadas à seriedade que se busca no jogo das bolsas.


A CVM quer saber II


O Governador Romeu Zema já se ocupou por diversas vezes de menosprezar a importância da Cemig, como estatal.

Afinal, uma palavra, especialmente de diretores de uma estatal com o peso da Cemig, mais ainda, quando vinda do Governador do Estado que detém sob a sua responsabilidade a gestão e a guarda do patrimônio público de Minas Gerais, onde está a propriedade e controle da segunda maior concessionária de energia elétrica do país, o mínimo que se espera é a cautela com suas afirmações, pelo peso que elas representam. O Governador Romeu Zema já se ocupou por diversas vezes de menosprezar a importância da Cemig, como estatal. Não gostar da empresa, do que ela representa e de sua história é uma opção de foro íntimo de cada um, lamentável, é verdade, mas cabe a ele, Zema, disciplinar-se nessa linha. Mas daí divulgarem em simpósios que o Estado, seu controlador, quer vender a empresa, deixando entrever que se trata de uma operação em marcha, é uma atitude que carece de cuidados, que a legislação tem parâmetros próprios para orientar.

Uma boa ação dos diretores da Cemig e do próprio Governador Romeu Zema seria auxiliar no andamento das investigações das suspeitas levantadas pela CPI encerrada na Assembleia Legislativa e posta nas mãos do Ministério Público do Estado de MG. Essa Comissão indiciou oito empresas e quinze diretores, superintendentes e gerentes da Cemig.

 

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