O Sindieletro vem a público afirmar que repudia veementemente o aumento anunciado para o Conselho de Administração da Cemig. Ainda mais durante um período em que o discurso da empresa é de que passa por dificuldades financeiras, inclusive realizando um corte de R$ 800 milhões no orçamento.
Também não concordamos com o pagamento de R$115 milhões de dividendos em junho, e mais R$ 682 milhões até dezembro, enquanto não há sequer nova proposta de data para pagamento para o débito com os trabalhadores relativo ao retroativo de 3%. O esforço, agora, deveria ser o de buscar uma solução para os problemas dos trabalhadores, não gerar mais indignação e revolta com medidas tão incoerentes como as anunciadas.
A proposta da Cemig para pagamento do retroativo dos 3%, para os eletricitários do PTAO, em nove vezes, entre outubro de 2015 e junho de 2016 e PNU, entre janeiro e setembro de 2016, já foi prontamente rejeitada. A Cemig antecipou o pagamento dos dividendos e exigimos que o pagamento aos trabalhos tenha a mesma prioridade.
Pendências
Nesta sexta (8) tem outra rodada de negociações com a Cemig às 9h30. São muitas pendências, mas não adianta ter reuniões para marcar novas reuniões. A gestão para tratar a pauta dos trabalhadores é muito lenta. Exigimos respeito e resultado.
São muitos os assuntos que serão cobradas na reunião de amanhã: Retroativo dos 3%; PLR 2015; Banco de Oportunidades; Periculosidade e os efeitos da portaria 1078 para COD, COS e outros setores; Na Primarização é urgente a convocação dos concursados e abertura de novo concurso ainda em 2015, além de investimentos na Escola de Sete lagoas e nas oficinas. Além da seleção interna que precisa ser acelerada com maior aproveitamento dos classificados.
Também cobramos solução para as pautas dos trabalhadores da Rede Subterrânea e dos Técnicos de Projeto, além de uma nova proposta de Acesso para realização de assembleias e setoriais com os trabalhadores. A primeira proposta de acesso já foi rejeitada, um verdadeiro retrocesso. E também queremos debater as mudanças no plano B da Forluz que trazem sérios prejuízos para os participantes.
A discussão da PLR 2015 está atrasadíssima. O modelo de PLR até então praticado não atende os trabalhadores. Tem que começar tudo do zero. Queremos que a era dos privilégios e das discriminações na empresa seja coisa do passado. Contudo fica um alerta: o Comitê de negociação da empresa para PLR, só tem superintendentes.
Reajuste para conselheiros
A posição do Sindieletro sempre foi de repudiar qualquer tipo de privilégio. Com relação ao aumento anunciado para os membros do Conselho de Administração não é diferente. Defendemos que o reajuste aprovado na Assembleia de Acionistas seja recusado. Isso, inclusive, já foi feito pelo diretor do Sindieletro que é membro do Conselho na empresa e abriu mão de receber esse reajuste.