Cobramos a PLR 2016 com o contracheque de abril

A Cemig já confirmou o envio das Demonstrações Financeiras Anuais à Comissão de Valores Mobiliários no próximo dia 07, sexta-feira. Logo após o envio, a empresa deve publicar o balanço de seus resultados. Pelo nosso acordo com a empresa, o pagamento da PLR 2016 é feito até um mês subsequente ao arquivamento das Demonstrações na CVM. Nada impede a Companhia de pagar a Participação nos Lucros e Resultados antes de completar um mês do envio das Demonstrações Financeiras Anuais. Basta boa vontade dos gestores. Por isso, o Sindieletro cobra que a nossa PLR do ano passado seja paga no dia 27 deste mês, a data do nosso pagamento. Vamos insistir bastante para que a empresa pague com o contracheque de abril.

Lembramos, mais uma vez, que os valores pagos de PLR em 2016, referentes à Participação nos Lucros e Resultados de 2015, tiveram uma garantia mínima de R$ 100 milhões. Essa garantia não existe para o pagamento que será feito em abril ou maio deste ano. Se o lucro da Cemig despencar, o valor da PLR também vai descer ladeira abaixo. Para se ter uma ideia, o lucro acumulado até setembro de 2016 foi de R$ 641 milhões. Isso significa que, com esse lucro, o montante da PLR seria em torno de R$ 25 milhões, valor quatro vezes menor que o pago em 2016, referente à Participação nos Lucros e Resultados de 2015. Lembramos também que ainda precisa acrescentar o resultado do último trimestre do ano passado, o que pode melhorar ou piorar o resultado final de 2016.

Por isso, alertamos que precisamos conquistar um acordo muito melhor para o ano de 2017, para o pagamento da PLR em 2018. E a postura da empresa tem sido a de não negociar. A empresa não reabriu as negociações da PLR 2017, apesar da cobrança sistemática que o Sindieletro tem feito.

Destacamos que a proposta da empresa foi rejeitada no final de 2016 pelos trabalhadores nas assembléias realizadas no Estado. A Cemig insistia em uma proposta que não garantia um montante mínimo. Além disso, a empresa apresentava metas que não temos condições de acompanhar mensalmente ou que eram impossíveis de ser alcançadas.

Reivindicamos a reabertura imediata das negociações da PLR de 2017 a ser paga em 2018, com adiantamento no final deste ano. Queremos a distribuição 100% linear, que os indicadores sejam poucos, limitados a seis, e montante de 4% do Lajida (em 2015, o Lajida foi de R$ 4,9 bilhões).