Sindieletro debate homofobia e a necessidade de políticas de proteção à população LGBT
Os números são assustadores! A cada 25 horas morre uma pessoa no país vítima da homofobia. A estimativa é que cinco mil brasileiros sofrem bullyng e agressões físicas por causa da sua orientação sexual, mas os números podem ser ainda maiores, considerando que faltam políticas públicas de proteção a essa parcela da população e, na maioria das vezes, as vítimas têm receio de denunciar as agressões e sofrerem mais constrangimentos.
O combate à homofobia foi Uma das pautas do último Conselho Deliberativo do Sindieletro, realizado nos dias 09 e 10 de fevereiro. Talvez o leitor se pergunte: “por que abordar esse tema numa reunião dos diretores do Sindicato?”
Um dos motivos envolve o fato de o Sindicato estar comprometido, até mesmo estatutariamente, em apoiar a luta das minorias reprimidas, o que envolve os LGBTs. Isso se torna mais significativo ao considerarmos que, atualmente, há uma grande ameaça aos direitos dessa minoria, em virtude do discurso de ódio divulgado pela direita conservadora. Por fim, acrescente-se que, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 10% da população mundial se enquadra no perfil das orientações homossexuais, sem contar aqueles que são transexuais. Obviamente, então, temos um número de LGBT dentro da própria categoria, o que torna o tema de suma importância para todos nós.
O diretor do Sindieletro na Regional Metalúrgica – Wellington Coelho–GR/FA, mais conhecido entre os colegas de trabalho como Well, explicou as características e diferenças das diversidades sexuais biológicas, de orientação e identidade de gênero. Estudioso do assunto há muitos anos, Well apresentou pesquisas científicas mais atuais que explicam as causas dessas peculiaridades, não só entre os humanos, mas também entre centenas de outras espécies animais.
O diretor esclareceu dúvidas recorrentes tais como: a homossexualidade é uma opção? É uma doença? É uma ameaça? Well ressaltou a importância da questão LGBT ser trazida constantemente ao debate, por meio de palestras em todos os âmbitos da sociedade, a fim de que o preconceito gerado pela ignorância seja combatido, dessa forma, cada pessoa saiba não só conviver pacificamente e amorosamente com a diversidade, mas também contribua para que as minorias possam ter os seus direitos reconhecidos.