Centrais sindicais e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) marcaram para 11 de julho o Dia Nacional de Lutas, com o lema “Pelas liberdades democráticas e pelos direitos dos trabalhadores”. As manifestações terão como objetivo destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios, além de construir e impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o país nos últimos dias.
Vão participar da mobilização nacional a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central dos Sindicatos do Brasil (CSB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), além do MST.
Na reunião estabeleceram uma plataforma unitária de lutas, com os seguintes pontos:
1) Educação: pelos 10% do PIB, melhoria da qualidade, ciranda infantil nas cidades, etc.;
2) Saúde: garantia de investimentos conforme a Constituição, melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS), apoio à vinda dos médicos cubanos, etc.;
3) Redução da jornada de trabalho para 40 horas: aprovação do projeto que está na Câmara;
4) Transporte público de qualidade: proposta de tarifa zero em todas as grandes cidades;
5) Contra a PEC 4330: projeto do governo que institucionaliza o trabalho terceirizado sem nenhum direito, como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e férias;
6) Contra os leilões do petróleo;
7) Pela Reforma Agrária: solução dos problemas dos acampados, desapropriações, recursos para produção de alimentos sadios, legalização das áreas de quilombolas, entre outras reivindicações;
8) Pelo fim do fator previdenciário, que afeta a classe trabalhadora ao se aposentar.
Além disso, os movimentos sociais defendem como bandeiras da mobilização a reforma política e do plebiscito popular sobre o tema; a reforma urbana para enfrentar a crise das grandes cidades e a especulação imobiliária; e a democratização dos meios de comunicação, com o encaminhamento ao Congresso Nacional do Projeto de Lei de Iniciativa Popular construído pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC) e em fase de coleta de assinaturas. Veja na íntegra: http://www.brasildefato.com.br/node/13356
Encontro com Dilma
A CUT e as demais centrais sindicais reuniram-se na manhã desta quarta-feira (26) com a presidenta Dilma Rousseff, em Brasília, para discutir as recentes manifestações que tomaram as ruas do Brasil.
Dilma também afirmou que a pauta da classe trabalhadora – com itens como o combate à terceirização, fim do fator previdenciário e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais – será negociada como um todo, as negociações continuarão e o governo apresentará uma resposta até agosto.
Dia 3 de julho tem reunião com governo. "A negociação se constrói na mesa, mas apenas se efetiva com manifestação de massa.”Ponderou o presidente da CUT, Vagner Freitas.