Em busca de consenso com o setor empresarial por um novo modelo sindical, que priorize a negociação coletiva, representante de centrais sindicais se reuniram na quarta-feira (10) com a executiva Luiza Trajano, do Magazine Luiza. O governo formou um grupo de trabalho no ano passado, mas as discussões ainda não tiveram consenso. O objetivo é encaminhar um projeto ao Congresso, alterando pontos da “reforma” trabalhista implementada em 2017.
Assim, a empresária conversou em São Paulo com os presidentes da CUT, Sérgio Nobre, da Força Sindical, Miguel Torres, e da UGT, Ricardo Patah, que é do setor comerciário. “Luiza Trajano é uma grande liderança, de um setor importante como é o comércio. Ela sempre compreendeu que o trabalhador é um cidadão, portador de direitos, inclusive, o de negociar coletivamente e de participar das decisões que envolvem o futuro das empresas. Infelizmente, nem todos os empresários têm tradição de negociação coletiva envolvendo os sindicatos”, comentou Sérgio Nobre sobre o encontro.
“O que a gente quer é um projeto dentro de um entendimento com empresários, que de fato modernize e fortaleça a negociação”, acrescentou o presidente da CUT. “Vamos buscar outras lideranças empresariais para que façamos essa construção, já que o movimento sindical fortalecido não é apenas um instrumento de regulação do trabalho: é o pilar da democracia’”, ressaltou.’
Em artigo recente, o dirigente argumenta que a negociação coletiva é o melhor instrumento para tratar das questões do mundo do trabalho. Mais da metade dos trabalhadores brasileiros não têm direitos trabalhistas ou previdenciários. “Ou seja, quase 40 milhões de trabalhadores e trabalhadoras estão sem proteção trabalhista nem social. Então, por isso precisa atualizar o modelo.”
Fonte: RBA