No dia 04 de agosto, a Cemig demitiu um dos três pilotos da empresa, devidamente concursado, o que causou indignação ao Sindieletro. Além disso, os dois pilotos da Cemig que ficaram, também concursados, estão preocupados e apreensivos, tendo em vista que a estatal decidiu vender a sua última aeronave. O Sindieletro foi e continua contrário à venda do patrimônio público da Companhia e defende o emprego de todos os trabalhadores, incluindo os pilotos.
Mas não é que o tempo e os fatos, agora, provaram que a Cemig precisa do seu helicóptero, não só para agilizar tarefas e obter mais lucro, mas na preservação do meio ambiente?
Notícia do mercado destacou que a Cemig usou seu helicóptero para a reconstrução de linha distribuição danificada por queimadas, na Serra da Mantiqueira. E o uso da aeronave possibilitou mais que isso: o uso do helicóptero evitou o corte de vegetação densa na área da Serra e o desligamento de energia. A empresa ainda informou que todo o material para a operação na linha de distribuição foi transportado pela aeronave.
O Sindicato espera que a Cemig, com os fatos e as necessidades urgentes, chegue à conclusão que é fundamental manter a aeronave e os pilotos, acabando com a apreensão dos trabalhadores.
Confira abaixo a matéria completa, publicada pela AGÊNCIA CANAL ENERGIA
Cemig usa helicóptero na reconstrução de LD danificada por queimadas
Aeronave evitou corte de vegetação densa em área da Serra da Mantiqueira, além de agilizar o transporte de estruturas e evitar desligamento de energia para cerca de 3 mil clientes
As queimadas que persistem por diversos estados brasileiros também chegaram em Minas Gerais, causando prejuízos não só para os animais e a natureza, mas também para a rede elétrica. Na última quarta-feira (16), a Cemig mobilizou uma força-tarefa especial para a reconstrução de duas estruturas da linha de distribuição que abastece a cidade de Santa Rita do Jacutinga, no Sul estado. As estruturas foram danificadas pelo fogo em uma área de difícil acesso na Serra da Mantiqueira, o que exigiu a utilização de um helicóptero.
De acordo com o supervisor de Operação da companhia, Derli Francisco de Carvalho, todo o material necessário para a operação foi transportado pela aeronave, uma vez que a mata fechada e o caminho íngreme, no topo da serra, dificultariam o transporte por meio de outros meios.
“Com o helicóptero evitamos a supressão de vegetação e também agilizamos a execução dos serviços, que duraram três dias, evitando desligamento de energia para cerca de 3 mil clientes da região”, explicou o supervisor, contabilizando a mobilização de 34 colaboradores próprios e contratados, cinco caminhões, cinco caminhonetes além da aeronave que transportou quatro postes de 11 metros, duas cruzetas de 5 metros, ferramentas e outros materiais.
Nos sete primeiros meses de 2020, a concessionária registrou 93 ocorrências envolvendo queimadas no sistema elétrico de Minas Gerais e que prejudicaram o fornecimento de energia para cerca de 43 mil clientes da companhia.