A Cemig prorrogou o prazo de adesão à apólice adicional do seguro de vida para o dia 10 de março. Lembramos que o seguro adicional será custeado integralmente pelo eletricitário e que o prazo estabelecido para que a comissão formada por representantes da empresa e dos sindicatos apresente nova proposta para o seguro de vida dos trabalhadores termina em 31 de março.
Conta salgada
Ao separar a maior parte do capital segurado dos aposentados para a apólice complementar, a Cemig quer passar o custo para as costas dos trabalhadores. Com isso, a empresa busca se livrar da obrigação garantida no ACT.
Mais uma vez nos sentimos traídos, o discurso é de uma gestão voltada para a sociedade e os trabalhadores, mas a prática só visa garantir mais lucros para os acionistas.
Exemplo
• O ex- operador de subestação, José Maurício de Almeida, de 67 anos aposentado desde 1995, tinha um capital segurado em dez/2015 de R$ 274.775,00 e contribuía(prêmio mensal) com R$ 83,52.
• Com a mudança imposta pela Cemig, em janeiro, o valor da contribuição caiu para R$ 40,65, e o capital segurado passou para R$ 181.234,28, com a redução de 40% ao completar 65 anos de idade.
• Se aderir ao seguro complementar, José Maurício vai ter que desembolsar todo mês R$ 218,69 para ter um capital segurado de R$ 120.822,86 mil. Ou seja, o aposentado vai pagar todo mês R$ 259,34.
• Para a Cemig, a conta é outra, ela paga 50% do prêmio, ou seja, pagava para o José Maurício R$ 83,52 em 2015, e vai pagar apenas R$40,65 em 2016.
Veja abaixo simulação do seguro e da contribuição da Cemig: