No último dia 24, a Cemig divulgou um informativo alegando que, desde o acidente com o instalador da Construtora Souza Reis, Paulo César Simão de Souza, no último dia 18, tem dado total assistência ao trabalhador. A empresa também diz que tem feito contato e acompanhamento diário com a família do instalador.
O que o Sindieletro apurou não foi isso. Pelo contrário, seis dias após o acidente, o sindicato constatou que o trabalhador ainda estava na enfermaria, sem atendimento especializado. Imediatamente a entidade procurou o RH da Cemig para cobrar assistência para Paulo e para a sua família e alertou que, se o eletricista, que prestava serviços na rede da Cemig, não tivesse atendimento adequado, o quadro poderia se agravar.
O Sindieletro também cobrou da diretora Maura Galuppo ( Diretoria de Recursos Humanos) providências urgentes.
No dia 27 de novembro, o Sindicato apurou que o trabalhador foi finalmente transferido para o setor de Queimados do Hospital João XXIII.
A Cemig também alega que a Construtora Souza Reis está prestando assistência ao empregado e a seu acompanhante “desde o atendimento inicial em Itabira” e que está, também, custeando hotel e alimentação para o familiar.
Mas o Sindieletro apurou que o padrasto de Paulo só pode acompanhá-lo por três dias e que a empreiteira só arcou com os custos com a hospedagem e a alimentação deste período, após cobrança direta da família.
Atualmente Paulo César está sozinho e a família sem condições de acompanhá-lo.
Entenda o caso
Preocupa muito ao Sindieletro a situação do abandono prolongado em que se encontra o instalador que sofreu acidente grave na zona rural de Itambé do Mato Dentro.
Paulo César foi vítima de choque elétrico durante a substituição de um transformador em rede de média tensão monofásica, de 7,967 kV. Ele foi levado para o Hospital Municipal de Itabira, com queimaduras no braço direito, no rosto e na perna esquerda, e depois transferido para o Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.
Consideramos inaceitável a demora e o desprezo da Cemig e da empreiteira com a recuperação do trabalhador. Ressaltamos que a Gerência de Saúde, Higiene e Segurança do Trabalho – RH/ST da estatal só se posicionou após insistente cobrança do Sindicato.