Cemig suspende leilões após recomendação do MP

Após denúncias apresentadas pelo Sindieletro e da recomendação feita pelo Ministério Público Estadual, a Cemig suspendeu por tempo indeterminado três leilões em aberto para alienação de imóveis da empresa. No documento, o promotor de Justiça Eduardo Nepomuceno ressalta que os leilões não tiveram publicidade adequada e também não são de amplo conhecimento da sociedade. Além disso, coincidem com o fim da gestão do PSDB após 12 anos a frente do governo de Minas Gerais.

Além disso, representante do MP citou ainda que "um dos imóveis indicados, em princípio, situa-se em região que experimenta, ao longo dos últimos aos, processo de valorização imobiliária, sendo necessário perquirir, novamente, a respeito da preservação do interesse público".

De acordo com o Sindieletro, a venda de imóveis da estatal precisa de uma análise apurada da próxima administração estadual, dentre outros motivos, porque em várias cidades onde está previsto leilão há carência de imóveis urbanos para programas habitacionais.

A empresa teria colocado em leilão imóveis rurais e urbanos localizados em Minas e também em outros estados. Um deles seria uma área de 35 mil metros quadrados no bairro São Gabriel, em Belo Horizonte, onde funciona uma das unidades da empresa.

Outro imóvel urbano no município de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, também foi leiloado no último dia 11 de dezembro pelo valor de R$ 35 milhões. Entretanto, a empresa vencedora não teria apresentado todos os documentos necessários e o processo de alienação não foi concluído na ocasião.

A Cemig foi procurada, mas ainda não se pronunciou sobre o adiamento dos processos de alienação de bens e sobre a recomendação do promotor Eduardo Nepomuceno. A empresa também não informou qual seria o objetivo da estatal com a venda de imóveis no Estado.