Cemig Saúde, Forluz e seguro de vida: Sindieletro tirou dúvidas e trouxe debates
Na terça-feira (1º), o Sindieletro realizou encontro com os aposentados e aposentadas da regional Metropolitana para uma conversa sobre Forluz, Cemig Saúde e seguro de vida. Os aposentados puderam tirar suas dúvidas e trazer sugestões para a luta da categoria, além de se informar sobre o uso dos serviços.
Diante dos ataques da gestão Zema na Cemig aos direitos de aposentados (e ativos), o Sindieletro se mobiliza para acolher e orientar os eletricitários, a fim de acompanhar as movimentações da gestão e interceptar as tentativas de desmonte e as manobras para ludibriar os beneficiários.
Cemig Saúde
A exposição do diretor de Relações com os Beneficiários (DRB) da Cemig Saúde, Edvaldo Pereira, trouxe orientações técnicas e insights sobre a defesa do ProSaúde Integrado (PSI). Edvaldo lembrou que o plano é solidário e defende que seja mantido assim: "Você paga proporcionalmente à sua idade e renda. Quem ganha menos paga menos dentro do limite mínimo. Quem pode pagar menos tem o mesmo plano de quem paga mais. Nos planos de mercado você paga por cabeça, independentemente de sua condição econômica. O nosso plano reconhece essa fragilidade do grupo familiar e é solidário”.
Edvaldo alertou para os ataques que os planos de autogestão vêm sofrendo em suas estruturas de funcionamento e garantias, sempre em prejuízo dos beneficiários. Essa é uma tendência nacional, acentuada após o golpe de 2016.
“Quando fomos à Agência Nacional de Saúde (ANS) através de iniciativa fomentada pela Anapar, nos surpreendemos ao saber que foi a primeira vez que vozes em nome dos beneficiários chegaram ao órgão debatendo problemas específicos da classe. Fomos os primeiros! Precisamos atuar mais nos espaços em Brasília, no Congresso Nacional e Governo Federal para debater as fragilidades da autogestão e a necessidade de protegê-la e preservá-la. A autogestão está fragilizada", explicou, chamando a categoria para a mobilização.
O diretor de Seguridade Social do Sindieletro, Alex Lopes, convocou os beneficiários para mais participação nas lutas: “O Sindieletro segurou o PSI com um esforço hercúleo de cada diretor pelo estado de Minas Gerais. Quando a gente convocar, é necessário que vocês venham! Estamos sob risco iminente!”, disse.
Durante sua fala, o DRB também trouxe explicações técnicas sobre mudanças de procedimentos na Cemig Saúde. Confira um resumo:
- Mudanças na validação da nota fiscal: Agora, só é válida a nota com QR Code/código de barras, código de verificação ou chave de acesso;
- Reembolso futuro: Não poderão ser enviados recibos ou comprovantes de compras antes de 1º de janeiro do ano seguinte para compras efetuadas após 1º de outubro com saldo PGE esgotado;
- Serviços na rede conveniada: A compra de medicamentos continua na mesma situação atual. Será reembolsado quando comprado e pago diretamente pelo benificiário, se pelo convênio, será debitado em folha. Exames e tratamentos médicos pagos diretamente pelo beneficiário na rede conveniada não serão reembolsados;
- Limitador de compras: As compras de medicamentos para uso contínuo estão limitadas a tratamentos de, no máximo, 90 dias. É necessário enviar o cupom da receita junto a todo pedido de reembolso de medicamento de uso contínuo. Outras compras são limitadas ao que é pedido na receita ou, no máximo, a 60 dias. Os cupons e notas fiscais deverão conter a forma de pagamento.
As mudanças entrarão em vigor no dia 21 de outubro, salvo a regra de reembolso futuro, que entrou em vigor no último dia 1º.
Em todas as situações em que os beneficiários se sentirem prejudicados ou não atendidos nos seus pleitos, Edvaldo orienta que os beneficiários abram reclamações na Ouvidoria da Cemig Saúde.
O órgão, que antes era subordinado à diretoria de Relações com os Beneficiários, foi retirado da pasta pouco antes da posse do atual diretor. Mesmo sem acesso ao setor como antes, a abertura de reclamações é importante para promover melhorias nos processos e essas informações chegarem à ANS, que acompanha o desempenho das Ouvidorias.
Por fim, ele lembra que o plano também é solidário em seus custos e nos reflexos de sua existência. “É como se fosse uma grande empresa em que cada beneficiário é um acionista. Se não for bom para um, prejudicará a todos. Defender a Cemig Saúde é fazer a defesa de um patrimônio valioso e imprescindível para dias futuros mais dignos”, completa.
Seguro de vida
A apresentação sobre o seguro de vida ficou a cargo de Marco Aurélio, representante da Álamo Seguros. Em sua espirituosa fala, Marco falou sobre a dificuldade em encontrar informações sobre o seguro de vida. Enquanto abria o site da Forluz, um aposentado levantou e falou: “Mas é claro que aí você não vai encontrar! Tem que entrar no site da Cemig!”. Eis que as informações do seguro estão num canto escondido no site da Forluz.
“A informação é divulgada com uma transparência obscura”, alerta. Com os participantes, Marco desbravou os menus do site até achar os arquivos relacionados ao seguro. Para acessar, os beneficiários precisam acessar https://institucional.forluz.org.br/>> Menu >> Formulários >> No fim da página, “seguro de vida”.
Lá, você encontra a cartilha do seguro de vida Allseg e o novo contrato para o seguro de vida em grupo – onde consta o aumento em quase 40% do valor que pegou muitos de surpresa recentemente. A Cemig não tem interesse em divulgar informações para os trabalhadores. Por isso, “é necessário acompanhar e entrar em contato com o Sindieletro para saber sobre o seguro. A Cemig não tem nem mesmo canal de atendimento por telefone sobre o seguro. É só um e-mail”.
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Forluz
O conselheiro deliberativo eleito na Forluz Guilherme Fernandes trouxe um bate papo sobre as mudanças nos Planos A e B. Iniciando com uma prestação de contas do mandato que finaliza agora, com as Eleições Forluz que acabam nesta quarta-feira (9), Guilherme trouxe um histórico:
2014 a 2020: O Sindieletro esteva ausente dos órgãos estatutários (eleições de 2014, 2016 e 2018);
2019: Estudos para a migração no Plano A;
2020: Votação de alterações no Plano B;
2021: Retorno aos Conselhos Deliberativo e Fiscal;
2021: 15 de julho – Alterações no Plano B;
2022: Proposta de alterações no Plano A;
2023: Nova composição dos Conselhos Deliberativo e Fiscal.
“Para os representantes eleitos, os princípios para qualquer alteração nos planos devem ser trazer melhorias para os participantes. As premissas são: manter o conceito de Previdência, com proteção aos mais vulneráveis, idosos e inválidos; nenhum direito a menos; transparência total, para que todos entendam o funcionamento dos planos e respeito à legislação de previdência”, pontuou.
Em 2022, essas foram as propostas da Cemig para as alterações no Plano A: criação de um plano financeiro e possibilidade de migração voluntária aos participantes; continuidade integral do custeio administrativo; opção por saque à vista para quem optar por migrar e o equacionamento integral do déficit apenas para quem optar pela migração.
“As reuniões para debater as alterações nos planos aconteceram em um ambiente tenso, de difícil composição e onde, por vezes, imperava a imposição de vontades por meio do voto de qualidade. No Plano A, apesar dos debates intensos, os assuntos são definidos através do voto de qualidade, restando aos eleitos o combate a eventuais prejuízos aos participantes através de registros bem embasados em ata e eventuais denúncias na Justiça ou nos órgãos reguladores”, explicou o conselheiro sobre os desafios da representação na Fundação.
O grupo de estudos das entidades propôs um novo modelo para as negociações: iniciar pelo equacionamento integral do déficit existente, como condição prévia; a patrocinadora continuaria pagando o custeio administrativo; a criação da opção por renda financeira dentro do próprio Plano A ou no plano B; e a possibilidade de antecipação de parcelas do novo benefício contratado.
Para continuar o trabalho de representação dos participantes na Forluz, é necessário participar da escolha dos representantes nos Conselhos Deliberativo e Fiscal. As eleições Forluz 2024 acontecem até às 17h desta quarta-feira (9), para a renovação do mandato atual, pela Chapa 1.
