Nesta sexta-feira (20), tivemos a sexta reunião de negociação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR 2021) com a Cemig. Como foi requisitado por nós no último encontro, discutimos as metas. Naquela ocasião, pedimos a diminuição dos números de indicadores e que os mesmos sejam possíveis de ser acompanhados pelos trabalhadores. Entendemos que a proposta apresentada hoje, no entanto, vai contra todos os nossos argumentos sobre o tema.
A Cemig insiste em indicadores financeiros que não podem ser divulgados, logo, não poderão ser acompanhados. Além dos dois que já existem e são assim, a empresa propõe mais dois – serão quatro indicadores, ao todo, dos quais não saberemos a meta antecipadamente e não poderemos, consequentemente, questionar.
Além dos oito indicadores que já constam no acordo, a empresa propõe o EBTIDA (igual ao LAJIDA, que considera os lucros antes dos juros, os impostos, as dívidas e amortizações) e o DITR (o desempenho da taxa de retorno de investimento).
Outras alterações
Os representantes concordaram em substituir o EIMRGF pelo FID. Já sobre o QRT (quantidade de reclamações totais feitas à ANEEL), a Cemig pretende manter a meta atual, que é 5.808. Até o momento, já estamos com o dobro da meta. Mesmo assim, a empresa insiste na mesma meta. Solicitamos a retirada do QRT da cesta e que não sejam adicionados outros indicadores.
Outra meta, o IASC (índice que mede um percentual de satisfação dos clientes), também sofre alteração pela Cemig: a empresa propõe que, ao invés do percentual, seja considerado o lugar ocupado pela Cemig no ranking de IASC da ANEEL. Atualmente, segundo a Cemig, estamos em 10º. A meta seria figurarmos entre os três primeiros colocados. Questionamos: já que cada indicador possui um peso (por exemplo, 10% para compor a nota total dos indicadores), caso não fiquemos entre os três primeiros colocados, este indicador vai zerar?
Após a discussão, os representantes se comprometeram a apresentar nossa argumentação ao Conselho de Administração e à diretoria. Não há nova reunião marcada, nem definição sobre a apresentação de uma nova proposta. A empresa pediu tempo para fazer a conversa internamente.
Nossa argumentação segue incisiva: precisamos que o acordo de PLR inclua, também, os gestores, superintendentes e gerentes. Além disso, a distribuição deve ser linear. Esperamos, no mínimo, que seja 50% linear e 50% proporcional. Continuamos insistindo na manutenção do lucro líquido consolidado como montante, ao invés do que a Cemig propõe: lucro líquido consolidado ajustado, considerando apenas a Cemig GT (geração e transmissão) e Distribuição.
Siga acompanhando nossos informes! A luta pela PLR justa e digna não para!
#PLR2021