Cemig projeta altos lucros e ameaça com mais demissões



Cemig projeta altos lucros e ameaça com mais demissões

Durante o 18º Encontro Anual Cemig-Apimec, com profissionais e analistas de mercados, ocorrido em Uberlândia, no último dia 27, o presidente da Cemig, Djalma Morais, disse que a companhia iniciou o programa de demissão voluntária para cumprir com objetivo de corte de custos que já existia diante dos efeitos da revisão tarifária das distribuidoras. “Tivemos uma aderência ao processo superior ao que esperávamos. Mas estamos avaliando se está aquém das necessidades de adequação que a nossa empresa precisa ter para adequar à MP 579", disse Morais ao jornal Brasil Econômico.

Para o mercado é tudo de bom

Falar em adequar à MP579 é pura desculpa para demitir. Enquanto ameaça os eletricitários com mais demissões, para os analistas de mercado prometeu lucros maiores para os próximos anos. A empresa estima que o seu lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado deverá ficar entre 5,9 bilhões e 6,5 bilhões de reais em 2013, ante Ebitda de 5,1 bilhões de reais de 2012. Em 2017, de acordo com as estimativas, o Ebitda deverá ficar entre 6,45 bilhões de reais e 7,86 bilhões de reais. Ou seja, a empresa vai faturar mais nos próximos anos, comparado a 2012.

"Existe um compromisso da Cemig de entregar esses valores que estamos divulgando", disse o diretor Financeiro da empresa, Luiz Fernando Rolla, durante apresentação das estimativas para 2013 a 2017 em reunião anual com analistas, conforme informações do site G1.

"Esse ano iremos trazer uma série de notícias de negócios (de aquisições) que estamos desenvolvendo e que vão colocar a Cemig num novo patamar", completou o diretor de Desenvolvimento de Negócios, Fernando Henrique Schuffner Neto. As informações dão conta que os investimentos médio em aquisição por ano será de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão.

Justiça e privatização

A Cemig aderiu às regras de renovação das concessões nos segmentos de transmissão e distribuição, mas não aceitou a prorrogação para 21 usinas do grupo e irá brigar na justiça para renovar as concessões das hidrelétricas Jaguara, São Simão e Miranda de acordo com os atuais contratos.
É importante observar que a Cemig foi a justiça em defesa apenas de 3 usinas, as outras 18 ela não deu nenhuma explicação. Em não aceitar renovar as concessões por mais 30 anos, como previa a MP579, o governo de Minas coloca todas as usinas na mira da privatização. A concessão de Jaguara vence em agosto deste ano. Apenas os três estados governados pelo PSDB, não aceitaram renovar as concessões das usinas. Coincidência?

item-0
item-1
item-2
item-3