Cemig nega direito ao banho para trabalhador do Anel



Cemig nega direito ao banho para trabalhador do Anel

Cemig nega direito ao banho para trabalhador do Anel Rodoviário

Quatro anos depois que a Cemig assinou acordo na Justiça que garante o banho durante horário de trabalho, eletricistas do plantão do Anel Rodoviário denunciam que estão sendo privados do direito quando fazem hora extra.

O direito ao banho durante a jornada de trabalho, que foi conquistado pelos eletricitários ao longo dos anos, foi desrespeitado pela Cemig em 2009. Mas, logo a empresa foi forçada, pela Justiça, a voltar atrás. Na época o Sindieletro cobrou a garantia do direito e o juiz da 4ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte concedeu liminar assegurando o direito e impondo penalidade à empresa caso descumprisse.

A partir do posicionamento do juiz, a Cemig se viu obrigada a homologar acordo com o Sindieletro, reconhecendo o direito ao banho nos minutos que antecedem o encerramento da jornada aos trabalhadores lotados no Anel Rodoviário, São Gabriel, Cidade Industrial, Itambé, Jatobá e Edifício Sede que realizam serviço de campo. Mas, no Anel Rodoviário a empresa descumpre o acordo negando o direito ao eletricitário que faz hora extra.

Quem trabalha em horário normal tem o banho às 16h30 assegurado. Mas há denúncia que os eletricitários que voltam à empresa depois de jornadas estendidas têm que descarregar o caminhão e assinar a folha de ponto antes da higiene pessoal e da troca de uniforme.

O diretor do Sindieletro, Douglas da Silva, ressalta que o banho é essencial para revitalizar e não pode ser negado ao trabalhador quando ele mais precisa, que é após a extensão de jornada, quando trabalhou 10 ou até 11 horas para atender a demanda da Cemig. Há informação que, todas as vezes que alguém da equipe da SN/MP questionou a arbitrariedade, um chefe disse que o corte foi feito para evitar abusos.

Para o Sindieletro, esta é mais uma demonstração da falta de capacidade gerencial na empresa que, ao invés de fiscalizar o cumprimento do horário do banho, acha mais cômodo resolver o problema cortando o direito de todos os trabalhadores. O Sindicato considera lamentável que a Cemig desrespeite novamente um direito adquirido há tantos anos e que não representa prejuízo algum para a empresa.

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