Cemig não esclarece venda de R$ 1 e passivo bilionário na Light



Cemig não esclarece venda de R$ 1 e passivo bilionário na Light

Em resposta aos Os Novos Inconfidentes, a Cemig disse que não irá comentar a questionável venda envolvendo sua subsidiária, a fluminense Ligth, muito menos a possível dívida bilionária que poderá herdar. O caso foi revelado pelo jornalista Marco Aurélio Carone e repercutido no site.

Em 13 de outubro de 2019, 17% das ações da Renova Energia foram vendidas por R$ 1 pela Light. Em 2011, essa mesma quantidade de títulos havia sido adquirida pela subsidiária da Cemig por R$ 360 milhões.

Na época da compra milionária, a estatal mineira possuía a maioria das ações da empresa fluminense, cerca de 70%. Hoje, são 22,6%. Ou seja, a Cemig não é mais a controladora da Ligth. Por essa razão, a estatal mineira alega que não irá se pronunciar sobre a negociação feita pela empresa no Rio de Janeiro.

A Ligth não tem hoje um acionista majoritário. A grande parte de suas ações, 71%, estão nas mãos de diversas companhias. Apesar disso, a Cemig é a segunda maior proprietária da Light e participa do conselho que decide, por exemplo, operações como a de R$ 1. Isto é, a na hipótese de ter sido boa ou ruim, a venda é atinente à Cemig.

Na reunião do conselho que ocorreu em outubro para decidir a venda, o presidente da estatal, Cledorvini Belini, absteve-se de votar a favor ou contra a alienação. Sua decisão não foi explicada.

O negócio de menos de R$ 1,99, foi revelado na última segunda-feira (18/11) pelo jornalista investigativo Marco Aurélio Carone, no site Vio Mundo. Carone também mostrou na matéria que a Cemig poderá herdar uma dívida na casa dos R$ 3,1 bilhões.

A Renova Energia protocolou na justiça um pedido de recuperação judicial, ou seja, está a um passo de decretar falência. Segundo Carone, as dívidas recairão sobre a Cemig porque ela detém patrimônio suficiente para bancar o passivo da Renova, que tem como um dos donos é a Light, sua subsidiária.

Não foi informado o comprador das ações vendidas.

Fonte: Os Novos Inconfidentes, por Marcelo Gomes - jornalista 

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