A Cemig figura muito bem nos canais de comunicação do mercado, sempre tratando o patrimônio do povo mineiro como um negócio que só visa um só interesse: lucro. Como a estatal não pode ser vendida sem o voto de três quintos dos deputados estaduais e de um referendo popular, a gestão de Romeu Zema orienta a direção da Companhia a vender ativos e mais ativos. É o que está acontecendo, num grande mercado em que vale a máxima: quem dá mais?
Agora, a Cemig vê a possibilidade de vender também partes da Taesa e Aliança, empresas em que a estatal é dona por meio de consórcios. Dão lucro para a Cemig, mas, segundo a própria empresa, se aparecer uma oferta boa, pode abrir mão da sua parte, repassando para a iniciativa privada.
Confira abaixo matéra publicada no site Money Time. São duas visões diferentes: a do Sindieletro é em defesa da Cemig, contra a privatização, por emprego e serviço de qualidade. Nos canais de comunicação de mercado, as informações são sempre a favor da privatização e de mais lucro para os acionistas.
Cemig pode vender fatias em Taesa e Aliança se tiver boas ofertas, dizem executivos
Por Reuters
15/09/2020 - 11:50
A estatal mineira de energia Cemig (CMIG4) segue com seu plano de desinvestimentos, que poderá incluir até a venda de ativos não incluídos antes na lista de unidades preferenciais para negociação, disseram executivos da companhia durante evento online com investidores nesta terça-feira (15).
A empresa acrescentou às participações que podem ser eventualmente vendidas suas ações na transmissora de energia Taesa (TAEE11) e na Aliança, uma joint venture de geração de energia com a Vale (VALE3), assim como fatias minoritárias em geração, que poderiam ser alvo de transações de forma “oportunista”.
“Não dá para deixar de comentar possíveis desinvestimentos que a gente chamou de oportunistas. São ativos considerados muitas vezes ‘joia da coroa’, que não buscamos ativamente desinvestir, mas recebemos eventuais ofertas”, disse o chefe da área de participações da Cemig, Rafael Noda.
“Dentro da estratégia de maximizar valor, a gente não vai rasgar dinheiro, então, se recebermos propostas irrecusáveis por esses ativos, não recusaremos”, acrescentou ele.
Enquanto isso, a empresa segue focando a venda de suas participações na elétrica Light (LIGT3) e nas hidrelétricas de Santo Antônio e Belo Monte, consideradas não estratégicas e de poucas sinergia.
Na unidade de distribuição de gás Gasmig, a estratégia de desinvestimento envolverá a listagem da empresa em bolsa, segundo Noda, mas a forma de estruturação dessa operação ainda está sendo avaliada.