No último dia 1º, a Cemig convidou vários sindicatos para retomar as conversas referentes à PLR de 2017. A empresa convidou, inclusive, os sindicatos que já tinham fechado acordo em dezembro de 2016.
Ao contrário de outras empresas do grupo, a estatal continua achando que não pode assinar acordo de PLR no decorrer do ano em que serão cumpridas as metas. Apesar de não dizer a real intenção da Cemig, o coordenador do Comitê de Negociações da empresa, Ânderson Ferreira, chegou a falar em discutir outras formas de bonificação dos eletricitários.
Na reunião desta semana, a empresa insistiu em desprezar todas as conversas ocorridas em 2016 e tentou iniciar, novamente, as discussões sobre os indicadores e metas. O Sindieletro não concordou com essa postura e propôs que o debate começasse pela parte econômica. O Sindicato fez, inclusive, a defesa da proposta aprovada pela categoria: 4% do lajida com o mínimo de R$150 milhões para serem distribuídos.
A empresa prometeu nova reunião em agosto. E vamos manter a vigilância com o calendário de discussões.
Quem quer PLR?
Afinal, quem quer uma PLR justa e expressiva? A Cemig já disse que não sabe se vai fazer acordo de PLR em 2017.
O Sindsul também disse na reunião que não quer mais fechar acordo de PLR.
Já o Sindieletro realizou amplas assembléias com a categoria e apresentou uma proposta completa de PLR aprovada pelos eletricitários. Veja abaixo a íntegra da proposta construída com a categoria.
Outra parte da categoria (Santos Dumont, Secretárias e Administradores) optou por aceitar a proposta da empresa, no final de 2016, sem garantias mínimas para os trabalhadores.
Proposta aprovada pelos eletricitários
Defendemos a distribuição da PLR 2017 de forma linear, além de seis indicadores de metas, que representam as principais dimensões operacionais da empresa.
Pela nossa proposta, a definição de metas para cada indicador será negociada com a empresa. Também queremos negociar um adiantamento da PLR 2017 a ser pago no final deste ano.
Os indicadores que defendemos são: DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor); IPTD (Índice de Perdas Totais da Distribuição); IASC (Índice Aneel de Satisfação do Consumidor); EIRMGF (percentual de energia impactada pelo mecanismo de redução de garantia física que mede a disponibilidade das usinas para o sistema
elétrico); IDT (Índice de Disponibilidade da Transmissão) e ITC (Índice de Transferência de Custos – mede a apuração de custos secundários, visando maior controle e economia de custos).
Para o Sindieletro, esses indicadores contemplam as principais dimensões operacionais da empresa, sendo que cinco deles podem ser acompanhados mensalmente, o que favorece o acompanhamento do acordo.
No entendimento do Sindieletro, os resultados da empresa refletem os esforços coletivos e, portanto, não podem ser entendidos meramente como um somatório dos esforços individuais ou de áreas específicas.
Nosso processo de trabalho é coletivo, interdependente e solidário. Por isso, para ter justiça na PLR, a distribuição dos lucros só pode ser linear.