É impressionante como algumas decisões na Cemig são adotadas de forma autoritária, sem diálogo com os trabalhadores, sem planejamento e estudo de viabilidade e que acabam se tornando motivos de desgaste, aborrecimentos para todos e mais insegurança para os eletricitários.
Em Betim, sem diálogo algum com os eletricitários do local, a empresa resolveu fechar a portaria da Avenida Juiz Marcos Túlio Isaac, onde era possível a entrada e saída trabalhadores, veículos e caminhões sem dificuldade e com segurança, visto que o espaço é amplo.
Mas, para se “adequar” à IS 14, que determina a vistoria de veículos, a empresa decidiu transferir a portaria para a Rua Manoel da Silva Pereira. O problema é que a nova portaria já havia sido desativada no passado, exatamente por não oferecer as mesmas condições de segurança, uma vez que a rua é estreita, com curvas e a circulação de veículos acaba por ser feita nos dois lados da via. Vira e mexe, há colisões de veículos no local, sem falar nas constantes cantadas de pneus de carros que passam pela rua em alta velocidade.
Indignação
Os trabalhadores de Betim ficaram indignados. Foram contra, convocaram o Sindieletro para intervir e, junto com a entidade, tentaram reverter o fechamento da portaria. A CIPA local também foi contra, inclusive, registrou e cobrou em ata que a Gerência de Serviço Corporativo não tomasse nenhuma decisão de fechar a portaria, para não potencializar o risco de acidentes de trabalho. Tudo em vão. A Gerência não quis nem saber, ignorou os apelos do Sindicato, trabalhadores e CIPA.
Fechada para almoço
Não bastasse o fechamento da portaria, os trabalhadores se queixam que na rua da portaria que foi reaberta já ocorreram diversos assaltos, além dos acidentes de veículos e, ainda, a portaria fica fechada por uma hora durante o intervalo de almoço e por mais 20 minutos enquanto os vigilantes fazem a ronda.
Se considerar que a unidade da Cemig em Betim sedia as equipes do plantão e da linha viva, que funcionam 24 horas por dia, é uma atitude descabida, inviável e até mesmo irresponsável fechar a portaria por 1h20, o que impossibilita a saída de veículos que fazem o atendimento à população.
Os trabalhadores reclamam ainda que o fechamento da portaria durante esse tempo impede que as equipes que estão na rua entrem na unidade para almoçar ou até mesmo buscar equipamentos e materiais. E, ainda, a decisão coloca em risco as pessoas, uma vez que na nova portaria não existe passarela para pedestres.