Cemig manipula para manter prejuízo no Seguro de Vida

Empresa negligencia contribuições e encerra negociação sem responder a questionamentos do Sindieletro

No Linha Viva de 30 de março, a Cemig publicou que, apesar das reuniões que promoveu para ouvir as propostas das entidades, não foi apresentada nenhuma proposta para mudança no Seguro de Vida e, por isso, os trabalhos foram encerrados.

A informação não só é falsa como revela uma postura desrespeitosa da empresa ao divulgar inverdades sobre a organização dos trabalhadores.

A verdade é que, por várias vezes, os eletricitários se manifestaram nas reuniões favoravelmente à construção de um acordo que colocasse fim ao prejuízo e ao impasse judicial. Por entender a importância dessa conquista histórica, no dia 4 de março o Sindieletro enviou um ofício para a Cemig apresentando premissas para construir um novo modelo de Seguro. Ao invés de resposta ao documento das entidades, dois dias úteis depois a Cemig simplesmente encerrou as conversas sobre o Seguro de forma unilateral.

Alternativa

Para construir uma proposta melhor para o trabalhador que seja, ao mesmo tempo economicamente sustentável, o Sindicato sugeriu a adoção de apólice e licitação única da massa de ativos e aposentados, fim da isenção da mensalidade para diretores, conselheiros e ex-diretores e ex-conselheiros da Cemig, manter a isenção para aposentados da Força e Luz e aposentados por invalidez, manutenção da cobertura de morte acidental para aposentados e cônjuges e teto de R$ 500 mil para o capital segurado, sem redução do capital segurado para aposentados a partir de 60 anos.

É inadmissível que a Cemig, além de não responder aos pedidos das entidades, ainda nos acuse de não propor nada como pretexto para encerrar as negociações e manter um modelo ruim para o trabalhador na aposentadoria e para a sua família.

O Sindieletro cobra resposta para as premissas, respeito e diálogo. O Sindicato também mantém ação na Justiça para restabelecer as mesmas condições do seguro antes das mudanças feitas pela empresa sem a concordância dos segurados.