A Cemig GT foi multada pela Aneel em R$ 1 milhão por atraso em obras. A empresa apresentou recurso à Agência Nacional de Energia Elétrica para reduzir o valor da multa, mas no dia 20 passado foi anunciada a rejeição do pedido.
O motivo da infração foi que a Cemig não cumpriu os prazos para implantação de reforços nas subestações Juiz de Fora I, Taquaril e Conselheiro Pena. Em Taquaril e Conselheiro pena os atrasos das obras foram de 457 e 287 dias, respectivamente.
Para o Sindieletro, essa multa não foi surpresa e pode vir mais se a empresa não priorizar medidas para colocar em dia as inúmeras obras em atraso.
Há anos estamos alertando os gestores da Cemig de que há um excesso de atrasos em muitas obras da empresa, muito em conta da terceirização e do quadro de pessoal reduzido. Insistimos na primarização, mas a empresa se faz de surda. Depois, sem diálogo e sem negociação de fato, a empresa impõe indicadores e metas para a PLR que não dependem do esforço e dedicação dos trabalhadores. Metas e indicadores que dizem respeito à qualidade dos serviços, sujeita à avaliação da Aneel, por exemplo, dependem muito mais da gestão, pois com a terceirização indiscriminada e falta de pessoal será muito difícil garantir serviços de qualidade.
Os eletricitários dão suor e todo o esforço para o trabalho, mas há processos dentro da empresa que só se resolvem por decisões dos gestores.