Cemig deixa trabalhador afastado sem vale-refeição por oito meses


O Sindieletro enviou denúncia ao Jornal da Manhã de que um técnico operacional na Cemig Distribuição em Uberaba está sem receber o vale-refeição há cerca de oito meses. O trabalhador encontra-se afastado por motivo de saúde e ainda não conseguiu regularizar a situação com a empresa. Procurado pela reportagem, a assessoria de imprensa da Cemig afirma que não vai se posicionar sobre o assunto neste momento.

De acordo com o sindicato, Fabiano Cesar Pinto de Oliveira, de 40 anos, é funcionário concursado e efetivo da empresa há 23 anos. Casado e pai de recém-nascido de sete meses, o técnico operacional da Cemig Distribuição em Uberaba está afastado do trabalho para tratamento médico contra estresse e depressão desde abril de 2013 e desde novembro não recebe o pagamento do vale-refeição que deveria ser pago pela companhia.


Fabiano conta que após seis meses de afastamento, quando houve o corte do benefício, ele protocolou uma carta destinada ao gerente da Cemig, no dia 25 de novembro de 2013, solicitando que a empresa reconsiderasse o pagamento do vale-refeição, mas a resposta foi negativa. Na época, o pai do trabalhador lutava contra uma doença renal grave, cujas despesas com tratamentos e remédios eram custeadas por Fabiano. Com a falta do benefício, o técnico operacional afirma que teve dificuldades inclusive de comprar comida para alimentar a família.


Mesmo o trabalhador tendo protocolado outras duas cartas, com laudos médicos, a Cemig continua não fazendo o pagamento do benefício. Segundo o Sindieletro, em 2009, Fabiano Cesar também esteve de licença médica por mais de seis meses e a Cemig fez os pagamentos mensais do vale. Além disso, outros trabalhadores, nas mesmas condições do técnico, estão recebendo os vales-refeições, mesmo estando afastados para tratamento médico por mais de seis meses.


Fabiano ressalta que no dia 28 de março deste ano, o INSS lhe deu alta, mas, após passar por duas perícias médicas encomendadas pela Cemig, uma feita em clínica terceirizada e outra por médico a serviço da companhia, foi considerado inapto para retornar ao trabalho. Mesmo assim ele continua sem receber o benefício alimentício.



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