Cemig altera escalas e prejudica trabalhadores dos COD e COS

Mudanças estão sendo feitas pela empresa sem negociar com o Sindieletro e impactam negativamente na rotina dos(as) eletricitários(as)

Mais uma ação equivocada da atual gestão da Cemig comprova a existência de um projeto de empresa, em que a saúde, a segurança e a satisfação dos trabalhadores e trabalhadoras não são consideradas. As escalas de trabalho no Centro de Operação do Sistema (COS) foram alteradas pela empresa e a mudança está gerando insatisfação geral nos trabalhadores e trabalhadoras do setor.

A escala de três turnos, sendo cada um de 8 horas ininterruptas, e que está prevista no nosso Acordo Coletivo de Trabalho, foi substituída por uma de quatro turnos de 6h15, com intervalo de 15 minutos para o lanche, que é prorrogado ao final da jornada, com a justificativa de intercalação para o repasse dos serviços para a próxima equipe.

Com essa nova escala, eletricitários (as) do COS trabalham durante 6h15 e folgam 11h45, e logo precisam retornar novamente para o local de trabalho. Essa situação faz com que, em alguns dias, os eletricitários (as) cumpram duas jornadas de trabalho. Ou seja, finalizam um turno às 6h15 e retornam às atividades às 18h do mesmo dia. As folgas ocorrem em horários diferentes e não permitem um descanso satisfatório.

As atividades exercidas pelos trabalhadores (as) do COS exigem intensa concentração e atenção. Como essa nova jornada não permite fazer o descanso adequado, a alteração está comprometendo a saúde dos envolvidos e a segurança das equipes de campo, para as quais são despachados os serviços.

Mudanças também no COD

O gerente de RH/RT da Cemig, Bruno Vianna, informou que a nova escala será implantada também no Centro de Operação da Distribuição (COD) e afetará aproximadamente 200 trabalhadores (as) que realizam importantes atividades de análise, controle, operação e despacho de serviços para as equipes de campo.

Além da escala de 24h, a empresa pretende implantar outros modelos de jornadas de trabalho, que visam reduzir o custo operacional, através da diminuição da remuneração dos eletricitários, como por exemplo, a retirada do Adicional de Periculosidade sobre o salário base.

O Sindieletro tem se reunido com os trabalhadores do COS e COD para avaliar a situação e procurar a empresa para negociar e buscar alternativas à decisão unilateral da atual gestão da Cemig.

Os trabalhadores (as) estão insatisfeitos e buscam meios de reverter e barrar mudanças. Eles, inclusive, não descartam uma mobilização mais forte diante da falta de respeito da gestão da empresa com a saúde e a segurança dos eletricitários (as) e com os processos de trabalho.