No dia em que a Cemig completou 65 anos, na útima segunda-feira, 22, o Sindieletro esteve presente na base e parabenizou todos os eletricitários que construíram e continuam contribuindo para que a empresa seja uma das maiores do país. A direção da entidade também denunciou o projeto da atual gestão e do governo do Estado de privatização das usinas.
O coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva, criticou a proposta da Cemig de criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), transferindo para essa nova iniciativa o controle e a operação das usinas, o que facilitaria a privatização das hidrelétricas. Na prática, a medida pode representar o fim do Projeto de Emenda à Constituição do Estado (PEC 50), aprovado no então governo Itamar Franco, que torna muito difícil a venda da Cemig e da Copasa.
Para o Sindieletro, o encontro de contas entre o governo Federal e do Estado seria uma alternativa à criação da SPE e garantiria à empresa a concessão das usinas. O Sindicato avalia, ainda, a possibilidade de uma Ação de Iniciativa Popular para impedir a privatização das usinas.
Jefferson Silva criticou, na portaria, a decisão da Assembleia de Acionistas que, pelo segundo ano consecutivo, concedeu aumentos abusivos de salários ao presidente, conselheiros e diretores. Com essa decisão, querem jogar os custos operacionais nas costas dos trabalhadores.
O coordenador geral do Sindieletro destacou que, na passagem dos 65 anos da Cemig, é preciso discutir, junto à sociedade, a importância da empresa para o desenvolvimento do Estado e para a prestação de serviços e geração de empregos de qualidade.
“Temos que debater não só os empregos na Cemig, como também o trabalho. A empresa perdeu a gestão sobre esse processo, que está entregue às empreiteiras, gerando prejuízos não só para os eletricitários, como também para a própria empresa e a sociedade”, ressaltou Jefferson Silva.