No primeiro mês deste ano, 100 mulheres foram vítimas de feminicidio no Brasil. O levantamento é do pesquisador Jefferson Nascimento, doutor em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo (USP), que atualiza os dados constantemente.
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2017, o país registrou 13.825 crimes contra a vida das mulheres, incluindo os assassinatos e tentativas de assassinato. Lamentavelmente, naquele ano, o Brasil representou 40% dos feminicídios da América Latina, de acordo com órgão vinculado à ONU. Os crimes têm como elementos em comum o fato da maioria dos autores ser namorado e marido das vítimas. Segundo levantamento da Folha de São Paulo, 71% dos crimes de feminicídios são cometidos por companheiros ou ex-companheiros das vítias. E Estudo do Ministério Público de São Paulo apontou que 66% dos assassinatos de mulheres ocorrem no ambiente familiar.
O que vem a ser feminicídio?
Pela lei 13.104/2015, feminicídio é crime de assassinato “por discriminação à condição de mulher” e que envolve violência doméstica e familiar e/ou menosprezo. É considerado um crime hediondo e a pena previs- ta é de reclusão de 12 a 30 anos.
Liberação de arma de fogo agrava o risco
A previsão de especialistas em segurança é que, com a liberação do porte de armas de fogo para quase todo cidadão, logo no início do governo Bolsonaro, os crimes de feminicídio tenderão a crescer.
Uma das organizadoras do Dossiê Mulher, major Claudia Moraes, revela que 47,2% dos homicídios cometidos contra mulheres são por armas de fogo. Segundo ela, mais que chocar, os números deveriam servir para referenciar políticas públicas e mobilizar a sociedade pela proteção das mulheres.
DENUNCIE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. DISQUE: 180