Categoria rejeita segunda proposta de PLR 2022 da gestão Zema



Categoria rejeita segunda proposta de PLR 2022 da gestão Zema

As alterações nesta segunda proposta não mudam os problemas estruturais denunciados pelo Sindieletro em mesa de negociação e debatidos com a categoria.

Nas assembleias realizadas em todo o Estado entre os dias 3 e 11 de fevereiro, a categoria eletricitária disse não à proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2022 feita pela gestão Zema na Cemig. A maioria dos trabalhadores e trabalhadoras em todo o Estado entendem que a proposta mantém a desigualdade de distribuição de renda na empresa e não contempla as principais demandas colocadas pelas entidades representativas.

Na base do Sindieletro, no Estado, 80,27% dos trabalhadores e trabalhadoras participantes das assembleias rejeitaram a segunda proposta. Ao mesmo tempo, 91,43% dos presentes aprovaram uma nova contraproposta de PLR 2022. Em Juiz de Fora os eletricitários também reprovaram a segunda proposta.

As assembleias do Sintec foram conjuntas com Sindieletro nas bases em BH. Estamos juntos na reprovação da proposta.

Seguindo a linha adotada nas negociações de ACT, a gestão do governador Romeu Zema trata o debate sobre a PLR com superficialidade, simulando um diálogo sem encaminhamentos claros.

Em 17 de janeiro deste ano, a primeira proposta da empresa trouxe um texto, infelizmente, previsível: distribuição de valores vinculados aos múltiplos de salários e índices obscuros, sem explicação suficiente para sua aplicação.

Com a ampla rejeição da categoria, a gestão Zema enviou uma segunda proposta, que trouxe um tímido avanço: os múltiplos foram igualados para todos os trabalhadores (2 remunerações), alterando, também, as porcentagens para o alcance das metas.

Apesar da correção de alguns erros na segunda proposta, ainda é uma oferta ruim. Os principais problemas na proposta são a forma de distribuição por múltiplos, que define e reduz o montante e a permanência de um percentual de 75% dos indicadores e metas que não está no controle dos trabalhadores e não passa pela negociação com a representação sindical. Basicamente, essa porcentagem dependerá da avaliação das gerências – ou seja, algumas gerências podem receber PLR e outras não, criando distorção na distribuição (para além dos problemas já causados pelos múltiplos de salários). Essa definição pode ocasionar uma distribuição de PLR totalmente injusta. Portanto, na prática, a empresa reafirma sua intencionalidade excludente e discriminatória.

Contraproposta do Sindieletro

Em função da necessidade de avançarmos, o Sindieletro encaminhará, ainda nesta sexta-feira (11), a contraproposta aprovada pela categoria. É uma maneira de tentar desatravancar o debate com a gestão da empresa e expor o que os representantes dos trabalhadores entendem por uma proposta de PLR aceitável.

No geral, os pontos da contraproposta são: a abrangência de todas as regras do acordo para todos os profissionais, sem distinção; a distribuição do montante em 5,2% do lucro líquido da empresa – a ser 50% linear e 50% proporcional à remuneração de cada trabalhador; cinco indicadores operacionais e coletivos com peso de 20% para cada um deles; a extinção das metas gerenciais; e o pagamento de PLR ao atingimento de 70% das metas.

Nossa luta sempre será por uma PLR 100% linear. A demanda atual não é a ideal, mas em nível de contraproposta, acreditamos ser um avanço para a categoria. Nosso pedido é simples: uma PLR justa e digna. Ao lidar com uma gestão investigada numa CPI na ALMG, comprovadamente afeita aos agrados para o alto escalão da empresa e focada a encher o bolso dos acionistas, sabemos que podemos avançar e a categoria merece mais! Não vamos amargar uma PLR com perdas para os trabalhadores e aprofundamento de desigualdades na estatal.

É crucial que a categoria se mantenha mobilizada! Nossa luta pela PLR continua! Cemig: esse “trem” é nosso!

item-0
item-1
item-2
item-3