A proposta da Cemig para a PLR é rejeitada por 95% dos eletricitários, que a consideram imoral e ilegal, já que privilegia gerentes e superintendentes e não tem critérios claros para os indicadores e metas para avaliação dos trabalhadores.
E, não bastassem estes absurdos, a Cemig propõe outra meta bem clara: a empresa quer que os eletricitários concordem em ter, como meta para recebimento da Participação nos Lucros, a inaceitável condição de garantir, todos os anos, R$ 4 bilhões em dividendos para os acionistas.
Na prática, a direção da Cemig quer que nós assinemos embaixo dessa prática que não é boa para a população, muito menos para os trabalhadores! Isso é absurdo e inaceitável!
Não há justificativa para distribuição de valores tão altos para os acionistas. Isto não garante melhoria na qualidade dos serviços da Cemig, mas, ao contrário, provoca o desvio de recursos que deveriam ser utilizados para evitar apagões e construir uma rede mais segura para os trabalhadores e a população.
Ilegal:
A Lei 12.832/2013 que regula a participação dos trabalhadores no lucro da empresa é bastante clara e determina que: “Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e objetivas”.
Contudo, a Cemig apresentou apenas as metas corporativas, que representam apenas 10% (PTAO) e 25% (PNU). A grande parte dos indicadores e metas da proposta da Cemig são específicos/operacionais e determinadas no âmbito de cada gerência, sem a participação dos trabalhadores. É o cheque em branco que a empresa quer que os trabalhadores assinem, com validade para dois anos.