Categoria inteira exige PLR linear



Categoria inteira exige PLR linear

Na reunião realizada ontem, a Cemig alterou muito pouco a sua proposta para o Acordo Específico de PLR que já havia sido rejeitada na mesa pelas entidades por tanto ‘preju’ que trazia para o trabalhador.

A empresa insiste na distribuição de 4% do lucro de 2015 e de forma totalmente proporcional. A “novidade” é que agora estabelece, para este ano apenas, a garantia de montante mínimo de R$ 100 milhões. Na prática, esta alteração não significa avanço quase nenhum, já que o lucro acumulado até o 3º trimestre já é de R$ 2,2 bilhões. Mas o pior é que a proposta não responde ao principal problema, a linearidade, que além de fazer justiça, ainda evita que os menores salários tenham as maiores perdas.

A defesa da distribuição igualitária é reivindicada por toda a categoria, inclusive pelo PNU, mas a diretoria continua a ouvir apenas os gerentes. A empresa também insistiu no acordo de quatro anos. Para 2016 a 2018, a novidade é que a Cemig propõe uma PLR adicional, de 20% sobre a diferença entre o lucro orçado (pelo Conselho de Administração) e o lucro verificado ao final do ano, limitado a 7,5% do
montante total a ser distribuído.

A empresa levou para a reunião exemplos baseados nos resultados de 2013 e 2014, para mostrar os avanços da proposta, mas, questionada pelos dirigentes sindicais, admitiu que o valor da proposta seria muito inferior ao que foi realmente pago de PLR nesses anos. Também sabemos que 2013 e 2014 foram anos atípicos e, por isso, a previsão orçada ficou abaixo do realizado pelas mudanças na regulação.

Em resumo, a proposta continua muito ruim, o montante a ser distribuído é baixo, e o pior é a insistência na não linearidade.

As entidades presentes na mesa foram unânimes em concordar que a proposta da empresa impõe tantas perdas “assombrosas” aos trabalhadores que jamais pode ser aprovada, muito menos para ter validade de quatro anos.

O Sindieletro cobra agilidade no debate sobre montante e a forma de distribuição para 2015, e que a Cemig programe para 2016 um debate aprofundado e transparente sobre os indicadores e metas da PLR. Nossa proposta é justa e razoável

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