No dia 24 de fevereiro a capa do jornal Chave Geral já trazia o título: Mudanças precisam ser feitas com urgência. E, agora, repetimos a reivindicação. Repetimos porque esse é o desejo da grande maioria dos empregados da empresa.
Sabemos que tem uma parte minoritária que não quer mudanças; pelo contrário, quer a manutenção da base gerencial que foi a sustentação da política de privilégios e de gerar lucros e mais lucros para os acionistas.
Mas a Categoria não tolera mais isso. Tivemos nos últimos 12 anos uma gestão que deu as costas para os eletricitários. Portanto, uma das primeiras mudanças necessárias é justamente dar um novo rumo na gestão sucessória da empresa. Queremos que a era dos privilégios e das discriminações na empresa seja coisa do passado.
É urgente por fim às práticas de assediar trabalhadores, de fechamentos de localidades e postos de trabalho, de gestor que não respeita a saúde do trabalhador, de gestor que não cobra multas das empreiteiras.
Resistências
Nos corredores e gabinetes da empresa, existem gente alimentando resistências às modificações. Na mesa de negociação também estamos encontrando muitas dificuldades. As negociações não evoluem. Muitas reuniões ocorrem para marcar novas reuniões.
Os atuais gestores têm dificuldades de pensar a empresa com novos desafios sociais e econômicos.
É preciso superar os desafios porque outra Cemig é possível e urgente. O compromisso do governador Fernando Pimentel de contratar 1.500 eletricistas não vai acontecer se depender dos negociadores da empresa. Eles só colocam dificuldades. Solução, nenhuma. Disseram que em 2015 só será possível treinar 120 eletricistas. Mas, para convocar os 120 eletricistas do último concurso depende de mais e mais reuniões. Em vez dos negociadores justificarem que a escolinha de Sete Lagoas não tem condições de treinar mais trabalhadores, eles deveriam era trazer solução, e não problemas.
A Categoria sabe que é possível viabilizar a Escola. Ela tem que ser repensada para os desafios da primarização. Sabemos que essas e outras muitas mudanças, citadas acima, precisam ocorrer na gestão da Cemig.
Sempre vamos para as reuniões na busca do diálogo verdadeiro, da transparência, pelo fim da gestão autoritária. A expectativa da Categoria é que as injustiças nas relações de trabalho sejam corrigidas o mais rápido possível. Queremos que a era dos privilégios e das discriminações na empresa seja coisa do passado.