A pergunta que não quer calar: teremos justiça e transparência? Em nossa pauta de reivindicações da Campanha de 2016, cobramos distribuição da verba a título de aumento real. Cemig se negou a garantir o ganho real para todos.
Mais uma vez, sem a devida transparência e sem garantia de justiça para todos os trabalhadores, a Cemig divulgou, no dia 30 de dezembro, comunicado sobre alterações salariais na distribuição da verba do PCR de 1,2% sobre o salário base. A empresa informa que o processo deverá ser finalizado em março de 2017 e as alterações serão retroativas a 1º de setembro de 2016.
Entra ano, sai ano e sempre há insatisfação geral, grande parte dos eletricitários é jogado para escanteio e continua a situação de muitos trabalhadores que permanecem no nível 1 há anos e em desvio de função.
Na Campanha Salarial de 2016 propusemos a distribuição da verba de 1,2% para todo mundo, a título de aumento real. Contudo, o ACT foi fechado em dezembro com a negativa da empresa de usar a verba do PCR para aumento real. Mais uma vez, a Cemig preferiu não garantir justiça com o ganho real para todo mundo.
Outro ponto que deve ser esclarecido: a verba é de 2015 e vai ser aplicada este ano, com atraso. E a verba de 2016, quando será aplicada? Por que a Cemig não esclareceu no comunicado?
A Cemig assumiu o compromisso de apresentar o novo PCR este ano. Porém, a empresa se recusa a garantir a participação dos sindicatos em todos os processos. O risco dessa prática, além de gastar muito dinheiro com consultorias, é de apresentar um novo PCR que não vai resolver os velhos problemas enfrentados pelos trabalhadores, perpetuando as insatisfações.
Recurso
Lembramos que o trabalhador pode fazer um recurso questionando o resultado da avaliação de desempenho. Quem se sentir prejudicado deve usar o recurso, é um direito que vale para toda a categoria.