Imagine a seguinte cena: o eletricitário (a) vai ao banheiro, faz suas necessidades fisiológicas, abre a torneira para lavar as mãos e, em seguida, não encontra papel toalha, o jeito é usar a própria roupa para enxugar as mãos. Terrível, não é mesmo?
Esta é a situação enfrentada diariamente, desde dezembro passado, pelos 70 eletricitários, homens e mulheres da Cemig em Betim. Os trabalhadores denunciam que além do papel toalha, faltam também copos descartáveis. Na hora do aperto cada um se vira como pode. Alguns trazem copos de casa, outros usam as mãos para beber água.
A situação está tão caótica que já circulam comentários de que até o papel higiênico poderá faltar a partir da próxima semana. Para piorar ainda mais o caos, os bebedouros não possuem esguichos, são equipamentos antigos, de parede, com torneira instalada e o risco de contaminação por germes é grande.
Ironicamente a direção da empresa que determinou o corte de verbas até para produtos de higiene pessoal dos trabalhadores é a mesma que, no ano passado autorizou aumento nas despesas com viagens internacionais para os executivos da Cemig. Ou seja, enquanto cortava o básico para os trabalhadores, lá no 18º andar do palácio do quilowatt, a empresa continua a contratar assessores e a liberar cartões corporativos.