Campanha denuncia: Governo de Minas deve R$ 8 bi à educação



Campanha denuncia: Governo de Minas deve R$ 8 bi à educação

Trabalhadores e trabalhadoras em educação lançaram na terça-feira (27) campanha de denúncia e diálogo com a população sobre o descaso com a educação pelo governo do Estado nos últimos dez anos, quando deixaram de ser investidos R$ 8 bilhões.

A campanha foi lançada com panfletagem e exibição de faixas e cartazes na entrada para cerimônia do Pronatec, com a presença da presidente Dilma Rousseff, na Serraria Souza Pinto, no Centro de Belo Horizonte. No panfleto, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) denuncia que em nenhum dos dez últimos anos o governo aplicou os 25% dos impostos que a Constituição estabelece e, mesmo assim, não houve reação por parte da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado e, muito menos, do Ministério da Educação.

“Nas manifestações de julho, a população pediu educação de qualidade. E isso é possível, principalmente se os governos cumprirem a Constituição e investirem o que manda a lei. Com a campanha, denunciamos que o governo do Estado não respeita a lei e com isso prejudica toda a sociedade”, justificou a coordenadora do do Sind-UTE e presidenta da CUT Minas, Beatriz Cerqueira. Ela disse também que o governo de Minas deve ao povo R$ 8 bilhões, que deixou de investir na educação nos últimos dez anos, e por isso tem que pagar esta dívida.

Cerqueira criticou que mesmo com a dívida do governo mineiro, a Assembleia Legislativa não se manifesta, o Tribunal de Contas aprova as contas do governo todo o ano e o Ministério da Educação não faz nada para coibir essas ações. “E também queremos pressionar o governo a apresentar uma proposta concreta com relação ao piso salarial e à carreira, que se comprometeu a levar para reunião do dia 23 de setembro com os sindicatos e entidades que representam os educadores”, disse.

Segundo Cerqueira, a campanha terá continuidade com ações de rua, no Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações, na sexta-feira, 30 de agosto; no Grito dos Excluídos, em 7 de setembro; e em outras atividades que serão planejadas. As mobilizações serão realizadas em todo o Estado. Trabalhadores e trabalhadoras em educação vão se reunir em assembleia estadual no dia 26 de setembro.

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