Campanha da CUT: “Reaja agora ou morra trabalhando"



Campanha da CUT: “Reaja agora ou morra trabalhando"

Sob o mote “Reaja agora ou morra trabalhando”, a CUT inicia um movimento para tomar as ruas do país pela preservação de direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora. O presidente nacional da Central, Vagner Freitas, alertou que a PEC 287 está atrelada ao golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff.

Segundo Vagner, esse governo, que não foi eleito, "precisa fazer essas reformas para pagar o preço dos que financiaram o golpe e a PEC 287 faz parte desse projeto para se adequar ao congelamento dos gastos primários por 20 anos. A proposta dos golpistas não é reformar a Previdência e sim acabar com ela, para que os bancos vendam planos de previdência privada. Estamos debatendo com as demais centrais de que não devemos emendar essa reforma (PEC 287) e sim derrotar essa reforma”, afirmou Vagner Freitas.

De acordo com o dirigente CUTista, “Temer está no governo há 9 meses e aumentou o desemprego e piorou a situação no Brasil. Diziam que bastava tirar o PT que tudo se resolveria e tudo piorou. É um golpe de destruição do Estado, destruição de uma política de direitos sociais construída lentamente desde os tempos de Getúlio Vargas”, encerrou.

A campanha contra a Reforma

A estratégia para tomar as ruas dos municípios do Brasil contra a Reforma da Previdência começa por levar à classe trabalhadora as informações sobre as regras impostas pela PEC 287. Para tanto, a CUT lançará um hot site com diversas ferramentas, entre elas, o Mapa da Previdência e uma calculadora que auxiliará o trabalhador na difícil missão de decifrar a idade com que irá se aposentar, caso as novas regras prevaleçam.

Vagner Freitas lembrou que "a maioria dos municípios brasileiros tem menos de 100 mil habitantes". Esse dado é importante, pois essas cidades terão seus orçamentos afetados, já que os aposentados são fundamentais para a composição da economia local. "Se passar, essa Reforma quebrará os munícipios", afirmou o presidente da CUT. Por isso, será decisiva a pressão feita nas ruas das cidades, sobre os prefeitos e sobre a base dos deputados e senadores que irão votar a Reforma.

Pelo país, insatisfação

Os sindicalistas apresentaram as estratégias para levar à população os malefícios da Reforma da Previdência proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer e que começará a ser apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

A presidenta da CUT-Maranhão, Maria Adriana, afirmou que a estratégia na região será debater os prejuízos causados pela PEC 287 na vida das mulheres trabalhadoras, do campo e da cidade. “Nós estamos preparando uma grande ação para o dia 8 de março, junto com os trabalhadores rurais e a Frente Brasil Popular, com 10 manifestações espalhadas pelo estado. E durante o Carnaval, um grupo de mulheres irá divulgar nos blocos a violência contra a mulher contida nessa Reforma da Previdência”, afirmou Maria Adriana.

Carlos Veras, presidente da CUT-Pernambuco, lembrou que a preocupação com o tema já é anterior à campanha e que os sindicalistas na região se ocuparam da matéria durante o período do recesso parlamentar em Brasília. “Iniciamos essa campanha no final do ano passado. Vamos fazer 185 audiências públicas no Estado e vamos criar, com representantes dos movimentos sociais, uma Comissão Permanente contra a Reforma da Previdência inseridos”, encerrou o dirigente sindical.

Coordenadora da Secretaria Geral da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Josana de Lima, salientou o papel da comunicação na expansão da campanha, para garantir que os argumentos que combatem a PEC 287 cheguem até a classe trabalhadora que atua no campo. “O foco dos rurais é discutir nos municípios. Não acredito que a maioria dos brasileiros aceitou o golpe, quem aceitou foi a maioria dos deputados e senadores e não o povo”, concluiu Josana.

A presidenta da CUT-Santa Catarina, Anna Julia, explicou que a campanha da CUT será implementada no estado em ações que já estão em andamento. "Aprovamos um calendário em dezembro e fizemos várias atividades. Em janeiro, começamos com a greve dos servidores públicos de Florianópolis. Estamos em fevereiro e a greve ainda continua".

Fonte: CUT

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