O Sindieletro recebeu a denúncia de que algumas caminhonetes da empreiteira Potência têm sido recolhidas pela Justiça, causando constrangimento de trabalhadores que sequer são avisados sobre a situação.
As oito caminhonetes foram recolhidas nas cidades de Paracatu, João Pinheiro, Dom Bosco, Brasilândia, Arinos e Buritis. Nesta última, de quatro caminhonetes disponíveis para os trabalhadores, três foram recolhidas. Desta forma, há trabalhadores que não conseguem cumprir a jornada desde a última semana por não terem o veículo à disposição.
Desde domingo (2) chove bastante em Buritis, e o resultado disso já é previsto: muitos atendimentos não serão realizados por conta da falta de transporte, e muitas pessoas sofrerão com a falta de energia – as redes de Buritis são as mais extensas do Estado.
Para piorar a situação, trabalhadores têm sido constrangidos durante a ação da polícia. Os profissionais são pegos de surpresa ao serem abordados. “O pessoal saiu para trabalhar e a polícia apareceu pedindo a caminhonete. Tiveram que tirar tudo do veículo, descarregar e limpar na hora. A polícia leva a caminhonete e não tem lugar para colocar os equipamentos que estavam nela”, explica o coordenador da regional Triângulo, William Franklin.
Nessas cidades não há sede da empresa, e os trabalhadores ficam em postos específicos. Não há local para guardar o equipamento, pois não há ponto de apoio. Há a informação de que caminhonetes estariam vindo da sede da empresa Potência, que fica em Goiânia. O imbróglio seria relacionado a problemas com a locadora dos veículos.
Até a chegada de novos veículos para os trabalhadores, o Sindieletro questiona: como os profissionais cumprirão suas jornadas e as demandas diárias? Qual é a previsão, se houver, para a apreensão de outros veículos? Qual é o apoio oferecido aos profissionais que não têm como trabalhar nem onde colocar os equipamentos?
Exigimos respeito com a categoria e a divulgação de explicações e orientações para que situações constrangedoras não aconteçam mais e o dia a dia laboral volte a normalizar.