Câmara dos Deputados aprova o fim da aposentadoria em primeiro turno



Câmara dos Deputados aprova o fim da aposentadoria em primeiro turno

Presidente nacional da CUT afirma que a Câmara dos Deputados votou contra os trabalhadores e as trabalhadoras, votou contra o Brasil. “A luta agora é no Senado. Vamos pressionar os 81 senadores e senadoras a dizer não a esse texto da reforma da Previdência. Lutaremos até o fim para impedir essa crueldade com as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros”, convocou Vagner Freitas.

A Câmara aprovou na noite desta terça-feira (10), em primeiro turno, o texto principal da proposta da reforma por 379 votos a favor e 131 contra. Eram necessários pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados). O texto será agora submetido ao segundo turno de votação. Para Vagner Freitas, a CUT e todo o movimento sindical têm a obrigação histórica de denunciar à sociedade em que circunstâncias foi aprovada a reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. Uma reforma que acaba com a aposentadoria, destrói direitos dos trabalhadores e tem como único objetivo beneficiar o poder econômico em prejuízo da maioria dos brasileiros, principalmente os mais pobres. 

A aprovação da reforma está custando caro aos brasileiros. Bolsonaro jogou pesado e com muito dinheiro dos cofres públicos para garantir os votos favoráveis. Somente em julho e às vésperas da votação, o governo liberou mais de R$ 2,5 bilhões em emendas parlamentares distribuídas cirurgicamente para beneficiar os deputados aliados, segundo apuração da ONG Contas abertas e dados oficiais. O presidente também gastou R$ 40 milhões em propaganda enganosa e maciça veiculada nos horários nobres de rádio e televisão para convencer a população de que essa proposta é necessária para “promover justiça social, ampliar a capacidade de investimento e gerar empregos”. Mentira.                                                           

Vagner Freitas lembra que o mesmo ocorreu com a aprovação da reforma trabalhista, em novembro de 2017, quando o governo seguiu igual roteiro de distribuir verbas e mentir que a mudança da CLT levaria ao crescimento econômico e à geração de empregos. “Falaram, à época, que seriam gerados 2 milhões de empregos. Passados quase dois anos, o que temos são 13 milhões de desempregados, mais de 26 milhões de desalentados e o aumento da informalidade, da precarização do emprego, a redução da renda e o País em crise, estagnado. O mesmo acontecerá com essa reforma da previdência”, afirma Vagner Freitas                            

Por isso, o presidente da CUT convoca: “Vamos marcar o nome de cada um desses deputados e deputadas que votaram a favor dessa reforma, vamos denunciá-los nas redes sociais, nas bases eleitorais deles como traidores da classe trabalhadora. É nosso dever”. Esses parlamentares, afirma Vagner, não podem se eleger em 2020 (aqueles que concorrerem a prefeituras) nem ser reeleitos ao Parlamento federal. “Não voltarão à Câmara e ao Senado, como aconteceu com a maioria dos que votaram a favor da reforma trabalhista em 2017. Nós temos condições de puni-los nas urnas”, afirmou Freitas.

Vagner também convocou os sindicatos, os movimentos sociais a prosseguir e intensificar a resistência, o enfrentamento e a luta contra a reforma da Previdência. “Nós sabemos o jogo que há por trás de tudo isso, mas ainda não acabou. Tem a votação no Senado. Vamos fazer tudo que tiver de ser feito, até o fim, contra essa reforma” Segundo Vagner, é dever histórico seguir na luta. Ao destacar que a CUT e demais centrais sindicais, com o apoio das Frentes (Brasil Popular e Povo Sem Medo) e movimentos sociais, fizeram duas greves gerais com quase 100 milhões de trabalhadores, manifestações gigantescas, e diversas formas de enfrentamento para barrar a reforma da Previdência.

"Essas mobilizações conseguiram retirar da proposta itens caros ao governo Bolsonaro, como a capitalização, a aposentadoria dos trabalhadores rurais e de uma série de outros trabalhadores. Foram vitórias da nossa mobilização permanente, das ações e da greve geral. Vamos lutar muito por mais vitórias como essas.”

CUT NACIONAL

 

Confira abaixo como votaram os deputados federais eleitos por Minas Gerais

Avante

André Janones (MG) – NÃO

Greyce Elias (MG)

Luis Tibé (MG) – SIM

DEM

Bilac Pinto (MG) – SIM

MDB

Fábio Ramalho (MG) – SIM

Hercílio Coelho Diniz (MG) – SIM

Mauro Lopes (MG) – SIM

Newton Cardoso Jr (MG) – SIM

NOVO

Lucas Gonzalez (MG) – SIM

Tiago Mitraud (MG) – SIM

Patriota

Dr. Frederico (MG) – SIM

Fred Costa (MG) – SIM

PDT

Mário Heringer (MG) – NÃO

Subtenente Gonzaga (MG) – SIM

PL

Lincoln Portela (MG) – SIM

Zé Vitor (MG) – SIM

Podemos

Igor Timo (MG) – SIM

PP

Dimas Fabiano (MG) – SIM

Franco Cartafina (MG) – SIM

Marcelo Aro (MG) – SIM

PRB

Gilberto Abramo (MG) – SIM

Lafayette de Andrada (MG) – SIM

PROS

Eros Biondini (MG) – SIM

Weliton Prado (MG) – NÃO

PSB

Emidinho Madeira (MG) – SIM

Júlio Delgado (MG) – NÃO

Vilson da Fetaemg (MG) – NÃO

PSD

Diego Andrade (MG) – SIM

Misael Varella (MG) – SIM

Stefano Aguiar (MG) – SIM

PSDB

Aécio Neves (MG) – SIM

Domingos Sávio (MG) – SIM

Eduardo Barbosa (MG) – SIM

Paulo Abi-Ackel (MG) – SIM

Rodrigo de Castro (MG) – SIM

PSL

Alê Silva (MG) – SIM

Cabo Junio Amaral (MG) – SIM

Charlles Evangelista (MG) – SIM

Delegado Marcelo Freitas (MG) – SIM

Léo Motta (MG) – SIM

Marcelo Álvaro Antônio (MG) – SIM

PSOL

Áurea Carolina (MG) – NÃO

PT

Leonardo Monteiro (MG) – NÃO

Margarida Salomão (MG) – NÃO

Odair Cunha (MG) – NÃO

Padre João (MG) – NÃO

Patrus Ananias (MG) – NÃO

Paulo Guedes (MG) – NÃO

Reginaldo Lopes (MG) – NÃO

Rogério Correia (MG) – NÃO

Solidariedade

Zé Silva (MG) - SIM

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