Logo no início da gestão de Mauro Borges na Cemig, o Sindieletro denunciou ao presidente da empresa as demissões arbitrárias de trabalhadores com idade acima de 55 anos e cobrou uma decisão firme para impedir as dispensas.
Mauro Borges assumiu o compromisso de não demitir mais, afirmando que os eletricitários seriam valorizados na “casa”. Agora, a palavra do presidente cai por terra, com o PDVP (Programa de Demissão Voluntária Programada).
O PDVP mostra a contradição do presidente. Em reunião com diretores, superintendentes e gerentes o recado foi claro: a Cemig tem a expectativa de demitir cerca de mil eletricitários. O alertga do Sindieletro é para os trabalhadores não cederem e denunciarem qualquer pressão párea adesão ao PDVP.
Além da contradição entre o discurso e a prática de Mauro Borges, o Sindicato vê incoerência com a decisão do Conselho de Administração da Cemig de conceder reajuste de 36,65% para presidente, 24% para conselheiros e 22,54% para a diretoria. Também aumentou o número de contratados para fazer serviços do pessoal do quadro próprio. Há também os ad nutum – assessores indicados - e o elevado número de cargos gerenciais desnecessários.
Ainda existem superintendências com apenas cinco eletricitários e a Cemig continua com os privilégios para altas chefias. No 18º andar funciona restaurante exclusivo só para a diretoria, assim como é mantida a frota própria de veículos para atender somente os diretores.
Recentemente, a empresa aumentou o valor das diárias para viagens internacionais e do cartão corporativo. Soma-se a isso a falta de fiscalização das empreiteiras e a manutenção de empresas no Grupo Cemig que não trazem retorno.
Para o Sindieletro, a prioridade deveria ser a convocação dos classificados na seleção interna e o lançamento de concurso público para a contração de novos eletricitários, conforme garantimos no Acordo Coletivo de Trabalho. Se a Cemig não primarizar vai continuar nas mãos e nos preços das empreiteiras.