Se algo há de surpreendente na pesquisa Datafolha divulgada hoje é que depois anos e anos de propaganda avassaladora de desmoralização das empresas estatais – com um coral de políticos e comentaristas da mídia dizendo que elas são ineficientes, corruptas, daninhas – haja uma maioria esmagadora da população contrária à privatização do patrimônio público.
Na média, entre as pessoas ouvidas em todo o país, só só duas em cada dez são a favor de privatizar.
Acachapante.
Privatizar só é maioria entre políticos, empresários, jornalistas e todos os que ganham mais de 10 salários mínimos.
Mesmo entre eleitores do PSDB, a maioria (55%) é contra privatizar. É a menor percentagem, encostada na dos eleitores (57%) de Jair Bolsonaro, que se dizia nacionalista e, agora, bate continência para a bandeira norte-americana.
Quanto mais forem expostas suas ganas privatizantes, mais se entenderá o que representam.
Em relação à Petrobras, centro da campanha de detratação, a percentagem se repete e até se amplia, quando se trata de dividi-la com o capital estrangeiro, como está sendo feito pelo governo ilegítimo.
É uma bofetada no pensamento de uma elite que só tem como projeto vender a riqueza do país e o trabalho de seu povo.
E um “puxão de orelhas” nos tolos que acham que é preciso transigir com a defesa do interesse nacional em nome da “modernidade global”.
O povão, como sempre, ensina o caminho aos pretensiosos.
Mas eles teimam em não aprender que o Brasil não pode ser governado como um botequim, que vende a sua mobília.
Brasil 247