O diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, critica avanço da informalidade sobre a legislação já encaminhada pela "reforma" trabalhista
Na análise do diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, a intensão do futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL) de impor legislação trabalhista no Brasil que seja mais próxima da "informalidade" caminha na contramão da proteção que deveria ser dada aos trabalhadores que não têm carteira assinada, estimada pelo IBGE em 37,3 milhões de brasileiros, no último ano.
"O presidente anuncia que o objetivo é transformar em legal aquilo que é precário, ou transformar a legislação, a própria Constituição, retirando direitos que estão garantidos", critica o diretor-técnico.
De acordo com Clemente, a "reforma" trabalhista do governo de Michel Temer já reflete o avanço da informalidade e, com a revisão do artigo sétimo da Constituição que assegura como condições sociais o direitos às férias, 13° salário, seguro desemprego, entre outros, ocorreria uma reversão integral dos direitos garantidos aos trabalhadores do mercado formal, com carteira assinada, no âmbito da proteção social.
Rede Brasil Atual