O governo federal prevê que as aposentadorias e pensões pagas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) terão reajuste de 3,26% no ano que vem.
A nova estimativa de inflação foi definida pelo Ministério da Economia e informada ao Congresso para ajuste no Orçamento de 2020. O valor é menor que o previsto em agosto, que era de 4,02%, e em abril, de 4,19%.
Os benefícios da Previdência acima do salário mínimo recebem anualmente a correção da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O índice que consta no Orçamento do governo é uma previsão pois os dados oficiais da inflação registrada no ano anterior só são divulgados pelo instituto no início de janeiro. Com isso, o índice exato que será aplicado nos benefícios do INSS ainda pode mudar.
Segundo o Ministério da Economia, a previsão para o índice de preços anual está menor porque a inflação teve queda em 2019, influenciada, principalmente, pelos alimentos.
Salário mínimo e piso das aposentadorias
A inflação menor também vai afetar o salário mínimo. A previsão do governo é que o piso das aposentadorias suba de R$ 998 para R$ 1.030,50 no ano que vem.
Com isso, após mais de 20 anos, o mínimo nacional deverá receber apenas o reajuste da inflação. Desde a implantação do Plano Real, o salário mínimo tem subido mais do que o índice nacional de preços.
Nos governos petistas, essa política de reajuste maior do salário mínimo virou lei, que deveria ser renovada de quatro em quatro anos. Temer manteve a medida. Já o governo Bolsonaro ainda não tomou uma decisão, mas a intenção de técnicos do Planalto é que a valorização acabe.
A política de valorização do salário mínimo garantia ao piso a correção da inflação do ano anterior somada ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
Reajuste anual
Números ainda podem mudar
Fim da política de valorização
Fonte: Agora SP