Na quarta-feira (5), a comissão mista que analisa a Medida Provisória que facilita concessões e privatizações no setor elétrico (MP 735/2016), aprovou relatório favorável do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). O texto segue para os Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, onde deve ser votado até 20 de outubro, último dia de sua validade.
A MP altera a Lei 12.783/2013 e autoriza a União a transferir, por até 30 anos, o controle, direto ou indireto, de uma empresa de energia elétrica (que pode ser geradora, transmissora ou distribuidora de energia) a um consórcio privado vencedor de licitação. A MP também estabelece que, a partir de 2017, caberá à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) a responsabilidade de gerir a Reserva Global de Reversão (RGR), que financia o programa de universalização do acesso à energia.
Contrário ao parecer, o deputado Pedro Uczai (PT-SC) entende que a MP 735/2016 transfere custos ao consumidor final.
- Numa perspectiva de um investidor privado [...], nós vamos criar um privilégio para quem vai se apropriar dessas empresas de energia e quem vai pagar a conta é o consumidor: a indústria, a pessoa jurídica, a pessoa física – afirmou.
Aleluia explicou que corrigiu um erro da MP, para evitar que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) seja acionada judicialmente no futuro.
Fonte: Portal Senado
Observação do Sindieletro: a "correção" do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) vai impedir que a privatização sejar questionada na Justiça. Vendeu? Acabou! Toda a gestão e todo o lucro ficam por conta do setor privado. A Eletrobras, por exemplo, não será mais do povo brasileiro.