Durante a paralisação de advertência realizada pelos eletricitários na quinta-feira, 4, como protesto pela resistência da Cemig em negociar, a empresa deu mais uma demonstração do seu desrespeito com os trabalhadores. Ao invés de abrir a negociação, como reivindicavam democraticamente os eletricitários, a empresa chamou o Batalhão de Choque da Polícia Militar para intimidar o movimento nas portarias da Cemig, em Belo Horizonte. A empresa ainda levou o impasse na campanha para a Justiça.
Nesta sexta-feira, às 14h30 será realizada uma reunião de conciliação na sede do Tribunal Regional do Trabalho.
Indignação
A mobilização dos eletricitários começou com concentração nos locais de trabalho. Depois, os trabalhadores da Grande BH foram para a Sede da empresa, no bairro Santo Agostinho.
A direção da Cemig chamou a PM com a cavalaria para tentar intimidar o movimento. Para vários trabalhadores que estiveram no local, ficou muito claro que, mais uma vez, os gestores da empresa preferem a repressão ao diálogo.
Um eletricitário criticou que não é papel da PM repreender movimento de trabalhadores. Para ele, o Batalhão de Choque esteve no local por “desmando” do governo e da diretoria da Cemig. “Não somos bandidos, estamos defendendo nossos direitos, em um movimento legítimo”, destacou.
No final da manhã, eletricitários participaram de atividades culturais em frente à sede da empresa. Houve apresentação musical, teatro e um varal de imagens e cartazes feitos pelos próprios trabalhadores para mostrar a realidade da Cemig nos últimos 12 anos. Também foram confeccionados cartazes que retrataram a confiança de que uma outra Cemig é possível e que, para mudar, basta os trabalhadores lutarem.
Em defesa da negociação
O Sindieletro encaminhou ofício para a direção da Cemig solicitando a imediata abertura de negociação. O Sindicato convoca a categoria para ampliar a mobilização em defesa dos direitos e do diálogo para o acordo coletivo de trabalho.