O país teve um saldo positivo de 127.648 empregos com carteira assinada criados no mês de agosto. O resultado é superior ao do mesmo mês em 2012, que foi de 100.938 novas vagas, e equivale à expansão de 0,32% no estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregado e Desempregados (Caged), divulgados hoje (20) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O total de admissões no mês de agosto atingiu 1.845.915, e o de desligamentos 1.718.267. No acumulado do ano, o emprego cresceu 2,72%, representando o acréscimo de 1.076.511 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, verificou-se a criação de 937.518 postos de trabalho, equivalente à expansão de 2,36% no contingente de empregados do país.
O setor que mais criou empregos formais em agosto foi o de serviços, com a geração de 64.290 mil postos de trabalho, seguido pelo comércio que criou 50.070 novas vagas. O único setor que apresentou recuo no emprego foram as instituições financeiras com a redução de 535 postos.
As regiões que mais apresentaram elevação no nível de emprego foram São Paulo, com a criação de 39.564 postos, Paraná com 12.259 e Rio de Janeiro com a criação de 10.104 postos. A pesquisa destaca os estados de Maranhão (3.535 postos) e Mato Grosso do Sul (2.694 postos), que apresentaram o melhor desempenho para o mês da série do Caged.
O MTE espera a criação de aproximadamente 1,4 milhão de empregos formais este ano. Se confirmado, o resultado ficaria acima do registrado em 2012 (1,316 milhão). Desde janeiro de 2011, início do governo Dilma, foram abertas 4.686.790 novas vagas.
Indicadores diferentes
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged) é um indicador de estoque de empregos com carteira assinada. Todos os meses o MTE divulga a diferença entre o número de trabalhadores contratados e o de dispensados, com base em informações fornecidas obrigatoriamente por empresas privadas de todo o país.
As medições de desemprego, como a Pesquisa de Emprego de Desemprego (PED, do Dieese e da Fundação Seade) e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME, do IBGE), não verificam estoque de empregos formais, mas o percentual de pessoas – em relação à população economicamente ativa – que declararam estar procurando trabalho no momento em são abordadas pelos pesquisadores, o que vale para empregos formais, do setor público e privado, e também informais.
Outra diferença é que tanto PED quanto PME não trabalham com dados de todo o território nacional, como o Caged. O PED é apurado em seis regiões metropolitanas – São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza. O PME é feito em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.