Audiência sobre a Forluz e Cemig Saúde



Audiência sobre a Forluz e Cemig Saúde

Teve início às 10 horas e terminou por volta das 13 horas a Audiência Pública para debater a situação atual e as perspectivas futuras da Forluz  e da Cemig Saúde.

O coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva, participou da mesa de debates e lamentou a ausência de representantes da Cemig, mas destacou que, por outro lado, os representates da Cemig Saúde e da Forluz não se furtaram à participação no debate. "Repudio a ausência do presidente da Cemig, que, mais uma vez se furtou ao debate", enfatizou.

Jefferson destacou que o governo de Minas não se beneficiou e não contribuiu "com nada"  na Cemig Saúde e Forluz. "A existência da Forluz e a Cemig Saúde foi fruto da mobilização dos trabalhadores e os nossos direitos à aposentadoria complementar e ao plano de saúde está no nosso Acordo Coletivo de Trabalho, nosso ACT não será rasgado. Assim como lutamos contra a privatização da Cemig na década de 90 e em 2014, e saímos vitoriosos, vamos à luta novamente para defender a Cemig, a Forluz, o Cemig Saúde e todo o restante do patrimônio do povo mineiro", afirmou. Ele também defendeu  a alternativa mais viável e justa para resolver o déficit fiscal de Minas, ou seja, o governador cobrar do governo Federal o pagamento da dívida da União com o Estado gerada com a Lei Kandir. Recursos que a União deve a Minas que somam R$ 135 bilhões.

A deputada Beatriz Cerqueira (PT) perguntou aos eletricitários presentes: Quem aqui ganha 22 mil reais por por mês? Ninguém respondeu. E Batriz justitificou  o questionamento: Ninguém, não é? O presidente da Cemig (Cledorvino Belini)  veio aqui na Assembleiia Legislativa e apresentou uma planilha mostrando que a média salarial dos trabalhadores da empresa é de 22 mil reais  Foi  mentira! O que se esconde nessa informação mentirosa  é a estratégia de desqualificação da empresa para poder vendê-la. É uma tática de convencimento pela mentira, dizendo que os trabalhadores são muito bem remunerados,  e por isso eles são problema para a Cemig. É uma estratégia de desqualificação do serviço público para justificar a venda, mesmo que isso não traga benefícios e recursos  para o Estado, é querer convencer a população de que tudo que é público é ruim e a solução é o setor privado.

Fortalecimento da luta

A audiência foi uma oportunidade de fortalecer a  luta dos eletricitários da ativa e aposentados contra a privatização da Cemig. Além dos prejuízos para os consumidores e para o desenvolvimento econômico e social de Minas, a venda da empresa ameaçaria os postos de trabalho e a saúde dos trabalhadores da ativa em função da sobrecarga e da piora das condições de trabalho.

Mas a privatização também representa forte ameaça ao patrimônio da categoria eletricitária: o plano de saúde (Cemig Saúde) e a previdência complementar (Forluz).

O debate foi reealizado por solicitação do deputado Celinho Sintrocel (PCdoB), que é presidente da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia.

 

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