Atos por três meses do crime da Vale em Brumadinho: Sindieletro está presente



Atos por três meses do crime da Vale em Brumadinho: Sindieletro está presente

A direção do Sindicato participa ativamente das atividades que marcam os três meses do crime da Vale em Brumadinho e na bacia do Rio Paraopeba que visam homenagear as vítimas e os familiares do crime e demonstrar que a luta dos atingidos por justiça e reparação não será esquecida.

A coordenação das atividades é do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Frente Brasil Popular  e apoio de entidades como a CUT Minas.

Como parte da programação, no dia 24, quarta-feira, teve Audiência na 5ª Vara da Justiça do Trabalho, em Betim, para debater a morte de centenas de trabalhadores.

Nesta quinta, 25, teve Audiência Pública sobre o "Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidente de Trabalho", em Brumadinho. Em seguida teve Ato Ecumênico em homenagem às vitimas no Trevo do município e reunião com promotores de Justiça, defensores públicos e procuradores da República.

Ao final do dia terá Ato Político Cultural com Fernanda Takai, Sérgio Pererê, Flávio Renegado, Titane, Túlio Mourão, Pedro Morais, Rubinho do Vale, Celso Morettie e outros artistas. 

Indignação e luta

Diante da demora na responsabilização criminal da empresa, a diretora de Saúde do Trabalhador e da Mulher Trabalhadora, Elisa Novy, explica que o clima em Brumadinho é de resistência e indignação. "Entre moradores e lideranças, há o entendimento que a Vale é uma criminosa e que tenta enganar os atingidos e familiares com as indenizações".

As entidades denunciam que a Vale intensificou a exploração do minério para manter seus lucros, sobrecarregando as barragens de lama. Para a empresa foi mais lucrativo acabar com o Córrego do Feijão e matar todos(as) os(as) trabalhadores(as), do que parar a mineração.

Apesar do crime, a empresa tem planos de continuar essa exploração às custas das famílias, das casas, da destruição de cidades. 

No caso de Brumadinho,  33% da população vive com menos de um salário mínimo e a cidade não sobrevive só de minério: 40% da renda do município vem de outras atividades econômicas, como o comércio e a agricultura que geram emprego e renda.

Nesta quinta-feira, trabalhadores do campo ocuparam a sede da Vale no Córrego do Feijão em protesto contra o crime.

Veja fotos dos atos.

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