Mais de mil eletricitários e eletricitárias abraçam a Cemig em defesa da Cemig Saúde
A grandiosidade do nosso ato provou que a unidade é a única alternativa para avançar
O dia 8 de abril reforçou que a união da categoria faz a diferença quando reivindicamos direitos. Na ocasião, um forte ato em defesa da Cemig Saúde, convocado pelo Sindieletro, Senge-MG, AEA-MG e ABCF, reuniu mais de mil pessoas — entre trabalhadores ativos, aposentados e seus familiares — enquanto outra reunião de negociação com a Cemig sobre o ACE da operadora era realizada.
A mobilização, que começou às 8h30 na Sede da Cemig, em Belo Horizonte, foi uma resposta clara e direta ao ataque promovido pela gestão da Zema contra o plano de autogestão conquistado pela categoria há mais de 30 anos. Os manifestantes abraçaram o quarteirão da Sede da Cemig, em ato simbólico que representa a proteção do patrimônio dos mineiros. O coordenador geral do Sindieletro, Emerson Andrada, trouxe o panorama geral da luta e afirmou: “Estamos em greve pela vida dos beneficiários e beneficiárias. Pelo respeito à categoria que construiu a Cemig e planejou o plano de saúde”.
O ato contou com a participação de representantes da CUT Minas, Sintect, Sind-UTE, Sindicato dos Bancários, Sindipetro, Levante Popular da Juventude, Movimento Brasil Popular e Movimento pela Soberania Popular na Mineração, além do apoio dos mandatos de Betão (PT), Beatriz Cerqueira (PT), Bruno Pedralva (PT) e Rogério Correia (PT). A prefeita de Contagem Marília Campos (PT) também mandou sua representação para nos apoiar.
No caminhão de som, durante a passeata da categoria, o secretário geral Jefferson Silva pontuou a disparidade dentro da Cemig: “Essa gestão temporária tem um rei chamado Passanezi, que ganha mais de 130 mil reais de salário e mais 1,3 milhão de PLR, e paga filme de 30 reais na Amazon em cartão corporativo”.
Enquanto a categoria mostrava a força da união nas ruas, as entidades cobravam respostas da gestão da Cemig, dentro da sala de negociação. Diante da postura intransigente sobre o aumento de 60,5% e a retirada do custeio da patrocinadora, a decisão foi de instaurar dissídio coletivo para a continuidade das negociações.
O cortejo seguiu até a ALMG, onde nossa manifestação se uniu a outras mobilizações do funcionalismo, com os funcionários da Segurança e da Educação.
"A Cemig promove o encantamento do cliente e desencanta o empregado"
A fala que você leu nesse subtítulo foi dita por Leksander durante o ato do dia 8 de abril. Como ele, outros beneficiários expressaram como o aumento abusivo imposto pela Cemig vai impactar a vida de cada um. Confira os relatos:
“Eu faço o tratamento de dois cânceres. Eu tive um câncer de ovário e um câncer de rim. Então, assim, é essencial. E eu penso nas nossas famílias, né? É um plano que a gente conquistou, é uma história, é um patrimônio que nós construímos.” – Adelaide
“Dificilmente vou conseguir pagar esse aumento, porque o nosso rendimento vai cair muito.” – Rogério, beneficiário diagnosticado com esclerose múltipla há mais ou menos 10 anos. A esposa dele complementou o relato com o questionamento: “De onde a gente vai tirar dinheiro pra pagar?”
“Eu dependo muito do plano de saúde Cemig Saúde, mas pelo que estou vendo não vai ser possível pagar”, começa José, portador de doença grave que conta com o plano para manter os tratamentos essenciais.
“Eu tive um aumento no valor da Cemig Saúde no percentual de 93,57%, ou seja, o meu plano foi de 3180 para 6155”, a situação causa preocupação a Magda, cujo plano de saúde da Cemig Saúde também beneficia seus pais, ambos com mais de 75 anos. “Depois de 34 anos, depois de promessas na admissão, de plano de saúde, de garantia de plano de saúde, vem um governo desses, a administração da Cemig e rouba os nossos direitos e rouba a nossa tranquilidade.”
“Em novembro do ano passado, eu descobri, fazendo um exame aqui em Belo Horizonte, que eu tive um AVC Isquêmico. E, graças a Deus, não deixou sequela. Mas, em virtude disso, eu estou fazendo tratamento com a neurologista, pneumologista”, relata Carlos. Além desse tratamento, ele também precisa de acompanhamento médico em virtude de um deslocamento de retina que o deixou cego por cerca de 110 dias. “Então, o que é que demanda a perda do PSI para mim? Tudo, tudo. Só me dá a incerteza da minha vida em todos os lados: financeiramente, psicologicamente e fisiologicamente”, finaliza o ex-funcionário da Cemig.
Dia 8.4.25
A manhã desta terça-feira (8) foi marcada por um forte ato em defesa da Cemig Saúde. Convocada pelo Sindieletro, Senge-MG, AEA-MG e ABCF, a mobilização reuniu mais de mil pessoas — entre trabalhadores ativos, aposentados e seus familiares — enquanto acontecia outra reunião de negociação com a Cemig sobre o Acordo Coletivo Específico da operadora.
A manifestação ocorreu em frente à sede da Cemig, em Belo Horizonte, e contou com a presença dos mandatos da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) e do deputado estadual Betão (PT).
A mobilização foi uma resposta clara e direta ao ataque promovido pela gestão da Cemig contra a Cemig Saúde, plano de autogestão conquistado pela categoria há mais de 30 anos. Como foi dito por Claudia Ricaldoni, DRP da Forluz, durante o ato, “o que estamos fazendo aqui é uma demonstração de força para a gente conseguir negociar o recuo da Cemig”. E essa força veio da união nas ruas.
Em determinado momento, o ato se mesclou à mobilização do Sind-UTE, que seguia em direção à Assembleia Legislativa de Minas Gerais se manifestando contra os ataques à Educação em Minas Gerais. A força da luta coletiva também se expressou na presença de profissionais da segurança pública. Pautas distintas, mas uma indignação comum: o ataque aos direitos da classe trabalhadora.
Durante o ato, realizamos um grande abraço simbólico na sede da Cemig, cercando todo o quarteirão da estatal. A Cemig é nossa! Realizamos, também, um cortejo em direção à ALMG, para enterrar no local a gestão Zema.
No caminho, os eletricitários foram acompanhados por moradores das regiões por onde passavam. O secretário-geral do Sindieletro, Jefferson Silva, fez questão de agradecer o apoio das pessoas que, das janelas de seus apartamentos, acompanhavam a passeata: “Obrigado pelo apoio! Nós somos trabalhadores da Cemig e estamos defendendo essa empresa para garantir uma energia de qualidade para vocês”, disse.
Em outra fala marcante, Claudia Ricaldoni relembrou a força da categoria eletricitária: “Nós puxamos bastante a cachorrinha com governadores, com presidentes da empresa e a gente sempre, no limite, empatou a briga. E não é dessa vez que a gente vai perder”. O recado é claro: a categoria está pronta para enfrentar mais esse desafio com resistência e coragem.
Diante do argumento da empresa de que as mudanças seriam motivadas por gastos financeiros, Jairo Nogueira Filho, presidente da CUT Minas, foi enfático:
“A Cemig tem fechado com lucros cada vez maiores a cada ano. Ano passado, o lucro passou dos R$ 6 bilhões. Então, não há nenhuma motivação financeira para a empresa mexer num acordo de 30 anos”.
Enquanto isso, dentro da sala de negociação, as entidades cobravam respostas da gestão. Pressionada pela mobilização, a Cemig se comprometeu a:
Nosso coordenador geral, Emerson Andrada, gravou um vídeo direto da Praça da Assembleia logo após o encerramento da mobilização, destacando a importância da nossa presença nas ruas e da pressão exercida pela categoria.
Além disso, já protocolamos o dissídio coletivo, garantindo que a disputa pela renovação do ACE também seja travada no campo jurídico — mais um passo firme na defesa dos nossos direitos.
A Cemig Saúde é nossa. E não abriremos mão do que é legítimo, conquistado com luta e unidade. A greve continua. Amanhã é dia de fortalecer ainda mais nossa mobilização nas portarias. Nos encontramos lá!
Sem saúde, não tem energia!
Confira imagens do ato:
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