Desde seu início, a paralisação nacional dos caminhoneiros tem mostrado o desastre que é a política de preços dos combustíveis. Desde julho de 2017, o preço da gasolina já subiu 50,04%, o do diesel 52,15% e o gás de cozinha 67,8%. Os efeitos estão sendo sentidos por várias camadas da população, principalmente as mais pobres. Mais de um milhão de domicílios voltaram a cozinhar à lenha ou carvão e, em muitas regiões do Brasil, o preço da gasolina já ultrapassa os R$ 5,00. Este modelo afeta todos os aspectos da qualidade de vida do povo.
Os responsáveis diretos são Pedro Parente e Michel Temer que desde 2016 iniciaram a nova política de preços tendo como um dos eixos a paridade com os preços internacionais, o que na prática abriu a possibilidade de ajustes diários. Além disso, a diminuição da produção e a abertura do mercado nacional para a importação reforçam o objetivo claro de desmonte e privatização da Petrobras. Não a toa, no último mês, foi anunciado o plano de venda de quatro refinarias e doze terminais da Transpetro.
Responsável direto pela situação, o preposto do golpe Pedro Parente foi nomeado por Michel Temer para instituir na Petrobras a política que atrela os preços de combustíveis ao dólar, provocando aumentos diários. essa mesma política adotou a diminuição da produção nacional de refino, obrigando o mercado interno a importar o produto final produzido à partir de petróleo nacional exportado a baixíssimo custo, e desmontando refinarias nacionais operantes. É um plano de desmonte que justifica a venda dos setores atingidos, causando desemprego de brasileiros e dependência das petroleiras internacionais pelo mercado interno. Com isso, Pedro Parente cumpre seu papel no golpe: enfraquece a Petrobrás para justificar sua venda a preço de banana para petrolíferas internacionais que irão abastecer seus mercados e dar as cartas aos nossos.
Estaremos nas ruas disputando a mudança dessa política e lutando contra o golpe que é a verdadeira raiz desse e de todas as perdas de direitos do povo brasileiro.
Ato em defesa da Petrobras e contra os aumentos da gasolina, diesel e gás de cozinha
29 de Maio
17 horas
Praça Sete, em Belo Horizonte – MG