ATENÇÃO: No contexto atual, podemos assinar um dos acordos de PLR mais injustos da história



ATENÇÃO: No contexto atual, podemos assinar um dos acordos de PLR mais injustos da história

Na última mesa de negociação da PLR 2024, ficou evidente a dificuldade dos gestores em defenderem a estratégia da gestão para a PLR 2024. Sem argumentações para transitar entre as propostas de PLR apresentadas pelos representantes da categoria, os representantes da gestão Zema na Cemig anunciaram que a PLR continuará sendo pautada pelo modelo proposto pela gestão da empresa.

O modelo continua sem isonomia, já que os indicadores específicos podem gerar pagamentos diferenciados por gerência, ou alguns podem nem mesmo receber a PLR. No modelo de PLR da gestão Zema, persistem metas, indicadores e múltiplos salariais ocultos no Acordo de PLR.

Não sabemos qual é o múltiplo salarial dos gerentes e o valor de PLR que eles recebem, por exemplo. Podemos, nesse caso, assinar um dos acordos mais injustos da história da PLR a saber quais serão os múltiplos salariais dos gerentes e superintendentes. Em 2013, quando a proposta dos múltiplos salariais foi apresentada em mesa de negociação, o percentual maior pago a gerentes e superintendentes indignou o conjunto da categoria.

Outra questão problemática são as metas e indicadores ocultos de gerentes e superintendentes subordinados ao projeto de privatização. Um exemplo dos reflexos negativos é o que vem acontecendo nas subestações de extra-alta tensão. Houve redução do quadro dos trabalhadores que atuavam em turnos ininterruptos. Eles foram redirecionados para o horário comercial, mas precisam continuar garantindo o atendimento 24h. Os poucos profissionais que atuam no horário comercial tem que cumprir a escala de sobreaviso, iniciando no final da jornada de segunda-feira e terminando no início da jornada da segunda-feira da semana seguinte.

Será que a redução do número de trabalhadores por equipe está prevista na meta de gerentes e superintendentes? A garantia da operação e manutenção, com essa jornada com sobrecarga de trabalho, está na composição de metas dos gerentes?

As medidas de redução de custos e pessoal, bem como o descumprimento da legislação de sobreaviso, estão dentro do escopo da PLR? Precisamos dessa resposta. Outro problema: no atual acordo de PLR, que também se alastra para 2024, a não pactuação prévia dos indicadores específicos também apresentam riscos. Podemos autorizar, sem intenção, a gestão a apresentar indicadores que respondam aos seus interesses somente.

Em mesa, os representantes de Zema na Cemig não responderam sobre a reivindicação do pagamento da PLR de 2022, em cumprimento da decisão judicial. Estamos cobrando que eles cumpram a execução. Temos muitas demandas trabalhistas acumuladas, sobretudo nos Acordos Coletivos. Esse quadro não é bom nem para os trabalhadores nem para a Cemig.

Passanezi, pague a PLR de 2022 e negocie a PLR de 2024!

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