O Sindieletro, através da sua Regional Mantiqueira, mais uma vez foi para a base apoiar uma nova paralisação dos trabalhadores da Spin Energy Serviços Elétricos, reivindicando o que é mais básico para a dignidade da classe trabalhadora: o pagamento em dia de seus direitos, sobretudo dos salários. A Spin atua com a construção, manutenção e operação de redes elétricas e é contratada pela Cemig para atividades em São João Del Rei, Conselheiro Lafaiete e Ponte Nova.
Na quarta-feira, dia 09, o coordenador da Regional Mantiqueira do Sindieletro, Fábio Rogério Souza Parreira, participou da paralisação dos trabalhadores da Spin e cobrou, mais uma vez, que a gestão da Cemig exija da empreiteira o cumprimento da legislação trabalhista. Ele esclarece que, há meses, a empreiteira só paga salário em atraso, o tíquete-alimentação chega parcelado, semanalmente, quando sai de férias o trabalhador não recebe as férias de imediato e nem tem a garantia de receber, imediatamente, quando retorna ao trabalho. O FGTS não está sendo depositado e há o potencial risco do INSS dos trabalhadores também estar em atraso.
A mobilização obteve resultado positivo: na noite do dia 09, a empreiteira pagou os salários. Os trabalhadores voltaram ao trabalho, mas a luta continua para que a Spin pague corretamente todos os direitos e não atrase mais os salários.
Lembramos que desde 2022 o Sindieletro vem acompanhando a situação de irregularidades trabalhistas da Spin, já tendo denunciado também que a empreiteira não vem pagando com regularidade o plano de saúde dos empregados; não realiza manutenção nos veículos e, quando vão para manutenção, ficam retidos por falta de pagamento. Os veículos param regularmente por falta de abastecimento e vários deles estão sucateados e abandonados no pátio.
Fábio destacou que, se os trabalhadores não se mobilizam, não sai o pagamento do mês em dia. “Os trabalhadores estão organizados e sempre com disposição para a luta, mas a gestão da Cemig é responsável por resolver. É a lógica do Zema, reduz custos, intensifica a terceirização e precariza ao máximo. Cobramos, mas a empresa não se sensibiliza. Se é dona do contrato, a Cemig deve apresentar a solução”, destacou.