Com o fim da data-base, a direção da empresa apostou numa estratégia execrável e tentou colocar a corda no pescoço da categoria. Mas a resposta dos eletricitários à tentativa de retirar direitos foi um alto e sonoro “NÃO”.
Nas assembléias que terminaram no dia 7, a proposta da Cemig foi rejeitada por 86% dos trabalhadores. Eles também aprovaram uma contraproposta que será entregue à empresa.
O resultado já era esperado e mostra que a categoria está cada vez mais mobilizada e unida em torno do respeito à Pauta de Reivindicações, valorização salarial dos trabalhadores, o cumprimento dos acordos assinados e contra a retirada de direitos.
Resta, agora, que a direção da estatal abra os olhos e vá atrás dos verdadeiros culpados pelos problemas na Cemig: os privilégios para o alto escalão da estatal; a remuneração absurda dos diretores e contratados Ad-Nutum; o falta de controle sobre os processos de trabalho na empresa, hoje nas mãos das empreiteiras, entre outros.
Terça-feira vermelha
Para além do ACT deste ano, temos um compromisso histórico e de honra com a defesa dos direitos conquistados pela nossa categoria em 65 anos de luta e por mais avanços. O vermelho que marca nossas bandeiras é a cor da resistência e da força que garantiu as conquistas que temos hoje.
E é esse vermelho que deve colorir as portarias da empresa nesta terça-feira, 8 de novembro.
Convoque os colegas de trabalho, vista sua camisa e participe das mobilizações que acontecerão nas portarias da empresa em todo o estado.
Não tem mágica: pra conquistar, tem que mobilizar! Venha pra luta, venha conquistar!
Conheça a contraproposta aprovada nas assembleias
-Garantir a preservação das cláusulas da Sentença Normativa sem retirada de direitos;
-Reposição da inflação e distribuição da verba do PCR (1,2%) de forma linear a todos os trabalhadores;
-Retirar da proposta da empresa a cláusula da Periculosidade sobre o salário base;
-Cumprimento imediato dos acordos assinados (Primarização, PCR e Saúde e Segurança);
-Retirar da proposta a inclusão do Fator 220 na base de cálculo das horas extras dos trabalhadores do plantão;
-Inclusão das rubricas da periculosidade, Maria Rosa e função acessória na base de cálculo das horas extras;
-Anistia dos dias de greve para os trabalhadores que a Cemig não deu condição de compensação;
-Cancelamento imediato das readaptações e abertura de negociação com o Sindieletro sobre o processo;
-Prorrogação da data-base e a retomada imediata da negociação;
-ACT único, incluindo as SPE’s das usinas.