As assembleias chegam á reta final aprovando o estado de greve. Além das mobilizações, estão sendo debatidas a convocação dos eletricitários para intensificarem a luta como forma de pressão para a Cemig apresentar uma proposta justa e digna na reunião de negociação marcada para o próximo dia 18, terça-feira.
Durante Assembleia no Quarteirão 14, realizado no dia 17, foi discutido, por exemplo, como o processo de sindicância instaurado pela Cemig tenta marginalizar os trabalhadores por meio de um processo policial comandado pelo segurança Amilcar Fellipo. O Sindieletro considera que todos os eletricitários estão sujeitos a serem alvos dessa sindicância, uma vez que a Cemig perdeu a gestão do processo de trabalho que está nas mãos das empreiteiras.
Em relação ao ACT, foi destacado que no dia 31 de outubro acabam os efeitos da Sentença Normativa e que o desafio dos eletricitários é garantir que a Sentença se transforme em Acordo Coletivo, sem a retirada de nenhum direito.
A nossa avaliação é que o ideal é fechar o Acordo até o dia 31, transformar a Sentença em acordo e, se necessário, adiar a data base para discutir os outros itens da pauta. Por isso estamos fazendo assembleias em todas as portarias e propomos entrar em “Estado de greve” para pressionar a empresa a negociar a nossa pauta.
No entanto, na mesa de negociação, a Cemig só discute a política macro econômica. Para os trabalhadores o recado é de terra arrasada mas para o mercado a empresa afirma outra coisa. Avaliamos que hoje o cenário para a Cemig é muito melhor por causa, sobretudo, da atual política de distribuição de dividendos limitada a 25%. Por isso, cobramos em mesa a não retirada de direito, a discussão da nossa pauta e reuniões de negociação semanais.
Argumentamos que a empresa pode cortar custos com o controle da gestão do trabalho que hoje está nas mãos das empreiteiras e que temos que discutir o processo de trabalho e valorizar o quadro próprio.
Para o técnico em sistema mecânico do Quarteirão 14, Flávio Caçola Moreno, a aprovação do “Estado de Greve” é importante para mostrar para direção da empresa a disposição da categoria de lutar pelos seus direitos. Para ele, não se pode aceitar que, com o fim da Sentença Normativa, acabem também os nossos direitos conquistados com muita luta. Mas Flávio adverte: “Só o Estado de Greve não basta! Se for necessário e a Cemig insistir em retirar direitos temos que radicalizar e partir para a greve por tempo indeterminado”.
Nas assembleias o Sindieletro também vem dando vários informes de interesses dos trabalhadores como o andamento de ações na Justiça do Trabalho, o desconto dos dias de greve, as imposições de gerências para mudanças unilaterais do horário de trabalho e outras decisões tomadas de cima para baixo. O fim da Sentença Normativa, em 31 de outubro, e eleição na Forluz, entre outras notícias.
Defesa da Chapa 21 para a Forluz
Eleição na Forluz foi outro grande destaque. Ronei ressaltou que os ataques contra a representação dos trabalhadores em fundos de pensão estão vindo do Congresso e do governo federal ilegítimo, com a PLP 268. Essa PLP reduz o número de representantes dos trabalhadores e aposentados na gestão dos fundos de pensão e, ao mesmo tempo, inclui pessoas do mercado para decidir o futuro dos participantes dos fundos. Além disso, houve na Forluz decisões unilaterais que prejudicaram os participantes. "Tudo isso vai nos prejudicar ainda mais, por isso é fundamental votarmos nos representantes dos participantes que realmente são comprometidos com nossos interesses na Forluz, sabendo que eles jamais vão votar contra os nossos interesses", ressaltou.
O Sindieletro apoia a CHAPA 21 - Unidos pela Forluz.